Category Archives: Na Estrada / On the road

Posts durante a nossa viagem

2013/12/07 – Um dia tão esperado / A long awaited day

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Km: 396 – Tortugas (Casmas) – Lima
Tempo: sol
Temperatura: min de 21 e max de 28

Acordamos com as tartarugas já que estávamos na praia das Tortugas, sim acordamos antes mesmo do amanhecer. A praia das Tortugas é um local muito belo, praticamente só tinha nós dois de turistas, o resto só locais.
Só nos resta pegar a estrada bem cedo porque hoje temos um encontro muito especial com os nossos pais que saíram do Brasil e vieram nos encontrar no Peru.
Antes mesmo de tomar café da manhã conseguimos rodar uns 300km.

Conseguimos achar um local um pouco mais decente para tomar café da manhã quando estávamos a uns 80km de Lima. Nossa, como o Peru é fraco para essas coisas, você tem que fazer um esforço danado para achar o básico. Nem uma barraquinha de fruta nas infinitas retas de estrada você encontra. Também com esse areiao todo e tão seco do jeito que é… Existem lugares aqui no Peru que não caí uma gota de água à meses… É tudo muito seco, até brincamos que é tanto pó que no final do dia sai um tijolo de dentro do seu nariz… Cruzes!!!

Chegando em Lima pegamos um trânsito que demorou 1 hora e meia para fazer 20km. Um verdadeiro horror, fora os berros que tivemos que dar no trânsito, que povo mal educado, aonde tem um espaço eles se enfiam, vem para cima de você. Cansamos de bater com a mão nos espelhos dos carros, informando-os que espelho existe por uma razão. Não adianta, eles são assim e não vamos mudar o mundo. É realmente estressante dirigir no Peru, fora as buzinas… Eles buzinam por nada!!!

Após atravessar o trânsito horrível achamos o hotel que nossos pais estavam, seguimos as coordenadas do GPS e voilà, certinho.
Bom, não precisamos contar o prazer,  a alegria, a satisfação sem tamanho de poder encontrar com nossos pais aqui no Peru. Sabemos o quanto eles ficaram apreensivos desde que partimos de Toronto, coisas de pai e mãe. Quando nos vimos, nossa que alívio e a partir de agora é uma nova viagem. Vamos curtir cada segundo destes momentos únicos. Quanta saudades…

Saímos para almoçar juntos e seguimos  para fazer um tour por Lima: Bairro de Miraflores, Barranco, Chorrillos e a praia. Que lugares belos. Hoje de manhã mais uma vez entramos em Lima pela porta dos fundos, mas aí fomos conhecer a porta da frente.
Lima, uma cidade enorme com tudo que você imagina. A noite saímos para conhecer o centro histórico que é muito belo e para variar pegamos um trânsito horrível, estava acontecendo uma corrida na cidade então muitas ruas estavam fechadas. Foi sofrido voltar ao hotel devido ao trânsito.

Vamos dormir porque amanhã vamos para Nasca.

Mileage: 396 km – Tortugas (Casmas) – Lima
Weather: sunny
Temperature: min de 21 e max de 28

We woke up with the turtles before dawn. The beach of Tortugas is a very beautiful place, practically we were the only two tourists in one of few hotels.
We got on the road early because today we have a very special meeting: to meet our parents who left Brazil and came to meet us in Peru.
Before we even had breakfast we rode about 300km.

We managed to find a slightly more decent place to eat breakfast when we were about 80km from Lima. Northen Peru is weak for those things, you have to make an effort to find the darn basic. Not even a fruit stand in endless straight road you can find… The dryness and dust does not help. There are places in Peru that not a single drop of rain fell in months… It’s all very dry, we even joke that is so dusty and dry that at the end of the day you can find a brick inside your nose… Yikes!

Arriving in Lima took us 1 ½ hours to do 20km. A true horror, as we had to scream in traffic to the poorly educated people. In any space they find, they shove their car on you. We  got tired of hitting our hands in the mirrors of their cars informing them that mirror is there for a reason. It does not matter, they are like that and we will not change the world. It’s really stressful driving in Peru… They honk for nothing!

After going through the horrible traffic we found where our parents were, we followed the GPS coordinates and voila, got there just right.
Well, we don’t need not mention the pleasure, joy and satisfaction that is meeting with our parents here in Peru. We know how much they were apprehensive since we left Toronto, things of father and mother. As we saw them, they were relieved and now is the beginning of a new journey. Let’s enjoy every second of these unique moments. We will miss it…

We went out for lunch together and headed to do a tour of Lima: Miraflores, Barranco, Chorrillos districts and the beach. What a beautiful place. This morning once again we entered Lima through the back door, but we know where the front door is.
Lima is a huge city with everything you can imagine. In the evening we went to see the old town which is very beautiful and got stuck in a horrible traffic once again, a street run was going on in the city and many streets were closed. We suffered on the way back to the hotel due to traffic.

Let’s sleep because tomorrow we are heading to Nazca.

2013/12/06 – Deserto e muito lixo / Desert and lots of trash

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Km: 600 Piura – Casma (Balneario Tortuga), Peru
Tempo: sol com alguns pingos de chuva
Temperatura: min de 21 e max de 27

As 7hs estávamos de saída do hotel e com o pé na estrada. Sair de Piura foi meio complicado devido ao tráfego. É interessante como eles enfiam as motos, carros, taxi em qualquer lugar que caiba. Não existe respeito algum no trânsito em Peru, pelo menos no Norte.

Tudo muito seco na estrada, aqui não se chove, a paisagem é o deserto e com muito, mas muito vento. O trecho entre Piura e Chiclayo é uma reta de 200 km sem nada, nem uma cidade ou povoado. Somente areia, deserto, muito vento e alguns pontos com vegetação rasteira. Em relação ao vento, a moto ia de lado e o consumo piorou bastante. Fora o cansaço que é ficar lutando com o vento de lado.

Em Chiclayoe paramos para tomar café e foi uma dificuldade achar algo decente. Depois de ir em 3 lugares, achamos uma casa de café razoável. A estrada continua com muito deserto… E lixo! Incrível como eles jogam lixo nas estradas, onde você olha no deserto, sempre tem um pouco de lixo. Mas também não é para menos, o que vimos de pessoas jogando lixo pela janela dos carros…

Em Tijullo paramos para trocar dinheiro e comer. Fato interessante é que depois desta cidade existem muitas plantações, principalmente de Cana de açúcar, cebola e arroz. Tudo com irrigação, no meio do deserto.

Em relação ao trânsito, no geral os peruanos são muito abusados. Não tem paciência para esperar, se enfiam em qualquer lugar. Cansamos de gritar com eles pois eles vão entrando, não olham e ainda acham que tem a razão. Outro ponto é que a estrada é super reta, mas as vezes tem pequenas curvas ou morros. Eles não têm paciência de esperar para ultrapassar, tivemos que frear algumas vezes devido a esse abuso. Uma falta de respeito incrível no trânsito em geral.

Até agora de toda a viagem o Peru é o País mais sujo, com um povo que não tem educação alguma no trânsito, as cidades muito sujas e muita pobreza. Estamos torcendo para que o sul seja melhor. Até agora o Peru está sendo o País mais sujo que já visitamos em nossas vidas. Muito triste. Até comentamos que o Norte do Peru é um lixao a céu aberto. E tristes pois a paisagem é muito linda.

Nossa parada final foi em um balneário chamado Tortugas, que pertence a cidade de Casma. O lugar super simples e bem vazio, mas que deu para curtir o Pacifico e ver um lindo por de sol. Amanhã rumo a Lima e a encontrar com os nossos pais. Estamos anciosos para ve-los.

Mileage: 600 Piura – Casma (Balneario Tortuga), Peru
Weather : sunny with little raindrops
Temperature: min de 21 e max de 27

At 7 am we were out of the hotel and on the road . Exit Piura was kinda tricky due to traffic. It is interesting how they shove the bikes , cars , taxi anywhere it fits. There is no respect in traffic in Peru, at least in the North .

All very dry on the road as it doesn’t rain often here, the landscape is desert and lots, lots of wind. The stretch between Piura and Chiclayo is a 200 km straight with nothing, not a city or town. Only sand, desert , wind and some small shrubs. In relation to the wind, the bike was on its side and fuel consumption worsened. Also we were very tired trying to stay upright with the wind from the side .

In Chiclayoe we stopped for coffee and it was a hard to find something decent. After going in 3 places , we found a reasonable coffee house. The road continues with much desert … And trash! It is amazing how they throw garbage on the roads, where you look in the desert, there is always a little junk . But it’s not for less, we saw people throwing trash out the window of the car …

In Tijullo we stopped to change money and eat . Interesting fact is that after this city there are many crops, mainly sugar cane , onion and rice. All with irrigation in the desert .

In relation to traffic, overall Peruvians are very abused . Do not have the patience to wait , they squeeze anywhere. We were tired of yelling at them as when they enter, they do not look and feel that they still have the right of way. Another point is that the road is super straight, but sometimes it has small hills or curves. They have no patience to wait to overtake, we had to stop a few times because of this abuse. An incredible lack of respect in general.

So far the whole trip Peru is the dirtiest country with a people who do not have any education in traffic, very dirty cities and a lot of poverty. We are hoping that the South is better. So far Peru being the dirtiest country we have ever visited in our lives . Very sad. We even commented that the North of Peru is a open-air dump. It is sad as the landscape is very beautiful.

Our final stop was at a resort called Tortugas , which belongs to the city of Casma . The super simple and pretty empty place , but enjoyed the Pacific and saw a gorgeous sunsets . Tomorrow we were heading to Lima to meet with our parents . We are looking forward to seeing them

2013/12/05 – Vento e muito po / Windy and lots if dust

Partimos cedo de La Troncal pois hoje temos fronteira para cruzar.As estradas do Equador continuam boas, com alguns trechos em obras, daqui um tempo tudo estará duplicado, aí sim é moleza…

A paisagem mudou bastante, bem plano e muita, mas muita plantação de banana. Dos dois lados da pista só o que você vê é banana. Chegamos na fronteira e fomos seguindo, quando vimos já estavamos no Peru e achamos estranho demais, pois tínhamos que fazer a saída no Equador. Já no Peru nos informamos e descobrimos que tínhamos que voltar uns 6km para fazer a saída da moto do Equador. Isso mostra que a sinalização em relação a importação temporária de veículos não é lá essas coisas.O trâmite em relação a saída da moto do Equador foi demorado demais, tinha uma moça trabalhando e o resto tudo batendo papo. Tivemos que reclamar para nos darem atenção.A boa notícia é que os trâmites para saída do Equador e entrada no Peru são tudo no mesmo prédio.Maravilha, não precisamos ficar de desce e sobe na moto.

Outra demora para fazer a importação temporária da moto no Peru. Até parecia que as duas pessoas que nos atenderam não tinha experiência nenhuma… Dai-nos paciência.Depois de 2 horas em fronteira, hora de seguir viagem. Não resistimos e paramos em Sullana para água de coco e manga. Pedi uma faça emprestada e ali mesmo cortei e saboreamos a manga.Incrível como a paisagem muda deals no Peru: muto seco, poeirento e com muito vento. E com umas retas de perder de vista. Perguntamos quando choveu aqui a última vez e eles não lembram… Ou seja é seco pacas.

Chegamos em Piura durante o dia e achamos o bom hotel Sol Maria no centro. Foi o tempo de tomar banho, tirar o pós do corpo, comer algo e dormir!

Mileage: 526 km   La Troncal, Equador – Piura, Peru
Weather : Sunny and lots of heat
Temperature: min de 22 e max de 28

We left early from La Trocal as we have a border to cross today. The roads in Ecuador continue to be excellent, with some stretches under construction.  Soon it all be separated highways… And then it will be easy.

The scenery changed a lot: Flat with lots and lots of banana crops. On both sides of the road the only thing you can see is bananas. We arrived at the border and when we noticed we were already in Peruvian soil, we thought that was weird, as we needed to exit Ecuador. In the Peruvian border we asked and we learned that we had to go back 6 km to complete the bike exit from Ecuador. This shows that the signs in relation to the temporary importation of vehicles is not the greatest. The process in the Ecuadorian side to exit with the bike took forever, as only one person was working and the others were talking. We had to complain, so we could get a bit more of attention. A bit of good news is that the migration process is combined,  and you exit Ecuador and enter into Peru in the same place. Awesome, no need to get on, get off the bike.

And bit of time was spent doing the bike importation into Peru, it seemed that the 2 people who helped us didn’t know the process… Give us patience. After 2 hours doing the border procedures we could hit the road. We could not resist and stopped in Sullana to coconut water and eat mangoes.  We’ve borrowed a knife and enjoyed it right away. In Peru it is incredible how much the scenery changed,  very dry, dusty and wind. Lots of straight roads and we asked when was the last time it rained and the guy could not remember… Só it is very dry.

We arrived in Piura during daylight and found the good Sol Maria hotel in the downtown area. It was only matter having a shower to get rid of the dust, eat something and go to bed.

2013/12/04 – Viajando pelas nuvens / Traveling through the clouds

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Km: 370. Quito – La Trocal, Ecuador
Tempo: sol e nublado a tarde, um pequeno trecho com chuva bem fraca
Temperatura: min de 10 e max 28

Hoje nos despedimos de Quito, gostamos muito e com certeza voltaremos em uma próxima oportunidade. Para sair da cidade de Quito foi super tranquilo, ficamos surpresos.
As estradas do Equador são realmente ótimas e sempre com muito policiamento, hoje pegamos trechos com até 3 pistas. Fantástico!!! Depois de muitos dias pudemos rodar a 120km/h, tínhamos até esquecido como é estar em uma velocidade constante e mais alta. 🙂

Paramos para almoçar em Mocha em um restaurante de comida típica. Estava frio, aliás desde que chegamos no Equador a temperatura está mais baixa, até casaco estamos usando…
Como estava frio nada melhor do que uma sopa de galinha caipira. A sopa estava ótima e matamos a vontade de comer galinha caipira. Até brincamos que acho que a galinha deveria ter uns 15 anos pelo tamanho da coxa… Demos boas risadas. O restaurante tinha como prato principal o cui, o porquinho daqui que eles comem, mas passamos pois com certeza comeremos muito cui no Peru.

A estrada é linda de Riobamba até Palatanga pela ruta E35. Muita serra e chegamos a 3900 metros de altitude, a um certo ponto estávamos viajando pelo meio das nuvens, simplesmente fantástico.
A vegetação mudou bastante, não se vê árvores a 3900m de altitude, existe apenas uma vegetação rasteira e a um certo ponto você percorre muitos kilometros por um plato. Estava super confortável para viajar, mesmo o termômetro marcando 10 graus. Viajar com o frio é muito melhor do que com o calor.

Já estava escurecendo chegando em La Trocal, tratamos logo de achar um hotel e descansar. Não somos fãs de viajar a noite de moto, ainda mais quando não se conhece a estrada.
Descansar porque amanhã pisamos em solo Peruano.

Km: 370. Quito – La Trocal
Weather: sunny, overcast in the afternoon, light rain
Temperature: min of 10 and max of 28

We said goodbye to Quito today, we loved the city and for sure we will be back in the future. To leave Quito downtown was easy and fast, we were surprised.
The roads in Ecuador are very good and with some police check points. We got some stretches with 3 lanes. Fantastic!!! After many days we could drive at 120km/h once again.

We stopped for lunch at a restaurant in Mocha for some Ecuatorian food. It was cold , in fact since we arrived in Ecuador the temperature is lower, we are even wearing a light coat.
Because it was cold nothing better than a country chicken soup. The soup was great, we were joking about the chicken that looks like it had 15 years.
The traditional food that they have is the “cui” – a guinea pig.

The road from Riobamba to Palatanga by ruta E35 is beautiful. Lots of hills and got up to 3900 meters, at a certain point we were traveling through the clouds. Fantastic.
The vegetation has changed a lot, we do not see the trees at 3900m, there is only small bushes and a certain point you ride in a plateau. It was super comfortable to ride, even with the thermometer marking 10 degrees . Traveling in cold temperatures is much better than under the heat.

It was already getting dark arriving in La Trocal , we started to look for a hotel. We are not fans of traveling at night, specially because we don’t know the road. Let’s rest because tomorrow we will step on Peruvian soil.

2013/12/03 – Centro do mundo / Middle of the World

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Km:250 Tulcan – Quito
Tempo: nublado, alguns trechos ensolarado e alguns com uma chuva bem fraca
Temperatura: min de 8 e max de 24

Acordamos cedo e saímos de Tulcan, mas antes verificamos a pressão do pneu traseiro mais uma vez para ter certeza de que não teríamos problemas…
As estradas do Equador são ótimas, coisa de 1o. Mundo quando comparamos com as estradas que passamos até agora. Alguns trechos com pista duplicada, na maioria pista simples mas em ótimas condições e até agora todas elas pedagiadas. Moto paga, mas é barato, apenas 20 centavos de dolar americano. E a gasolina então… Muito barato!!!! Um galão custa 2 dólares, Rafael até pensou em encher umas garrafas plásticas para quando a gasolina ficar mais caro… Era só o que faltava… Já imaginou nos carregando gasolina extra na moto??? Coisa de mão de vaca, digo, Rafael. 🙂
Todas as estradas muito bem policiadas e o povo respeita muito mais, respeitam velocidade, respeitam quando atravessa povoado…
Ahhh, e o povo Equatoriano é muito acolhedor, todos eles se aproximam para conversar e sempre oferecem ajuda.

Estávamos bem perto para chegar a Metade do Mundo quando novamente sentimos a moto balançar a traseira. Adivinha só, o pneu estava murchando mais uma vez. Pela terceira vez temos que parar e arrumar sempre o mesmo furo!!! Achamos uma borracharia e mais uma vez o borracheiro colocou o tal do macarrão para consertar, mas logo vimos que isso não ia aguentar por muito tempo.

No caminho para Metade do Mundo estávamos de olho em algum lugar que pudesse fazer um serviço decente e definitivo. A solução seria desmontar a roda e colocar um patch por dentro do pneu. Achamos um lugar que até então nos pareceu que ia resolver o problema. Tudo estava indo ótimo até quando o rapaz riscou a roda quando encaixando o pneu. Rafa ficou doido, espumava de raiva e logo começou a reclamar do serviço. Ele falou um monte para o rapaz que ficou até sem reação. Infelizmente acho que o rapaz queria fazer o serviço correndo e não tomou cuidado algum. Resultado, a roda ficou tão riscada que o Rafael fez o rapaz lixar o alumínio da roda para melhorar um pouco.

Fazer o quê, o problema já estava feito e não adiantava reclamar. Pneu consertado, hora de conferir se o problema foi realmente resolvido. E não é que ainda estava vazando pressão? Bem pouco mas estava. Não deu outra, aí que o Rafael ficou mais doido de raiva ainda. Enfim, pagamos e demos o fora, de nada ia adiantar reclamar mais e fazer o rapaz refazer o serviço, capaz de riscar ainda mais a roda… Seguimos em frente e até consertar isso de vez teremos que checar a pressão todos os dias.

Passado o stress do pneu chegamos na Metade do Mundo. Para falar a verdade não é a metade do mundo, conferimos com o GPS e o mesmo mostra que a metade do mundo seria uns 300 metros ao norte. Mas valeu, naquela época não tinha GPS então… Vamos dar um desconto. 🙂
Conhecemos toda a área do marco da metade do mundo e seguimos para Quito, direção: Restaurante Ecuaviche indicado por minhas queridas amigas equatorianas Cintia e Lilian.

Cintia e Lilian: não temos como agradecer pela indicação, simplesmente maravilhoso! Rafael matou a vontade comendo ceviche e eu comi camarão que estava saboroso demais. A todos que um dia visitarem Quito não deixe de comer no Ecuaviche, comida de qualidade!
O nosso muito obrigado a minhas queridas amigas por todas as indicações.

Visitamos o centro histórico de Quito que é muito legal, as igrejas são lindíssimas. Até missa assistimos na Igreja de São Francisco Xavier afinal de contas só temos a agradecer!!!

Km: 250 Tulcan – Quito
Weather: cloudy, sometimes sunny and some very light rain
Temperature: min of 8 and max of 24

We left Tulcan early but before we checked the rear tire pressure once more to make sure that we would not have problems…
The roads in Ecuador are great with some doubled stretches, mostly single lane but in great condition and so far all of them tolled. They charge motorcycle but it is very cheap, only 20 US cents. How about the gasoline… Very cheap!! A gallon costs $2, Rafael thought of filling up a plastic bottle for when the gas gets more expensive… Can you imagine us doing it? Just silly. This is cheapskate thing, I mean Rafael thing. 🙂

All roads are very well policed ​​and the drivers respect the speed limit as well when passing through small cities. Also the Ecuadorian people are very welcoming, they all approach to talk and always offer help.

We were close enough to reach Half of the World when once again we feel the rear tire acting weird. Guess what, again a flat tire and for the third time we have to fix the same hole! We found a tire repair shop and the guy fixed it but we did not believe it was going to last.
On the way to Half of the World we were looking for a tire shop that could do a decent and permanent job. The solution would be to remove the wheel and put a patch inside the tire. We found a place that until then seemed to us that would solve the problem. Everything was going great until when the guy scratched the wheel very badly when fitting the tire. Rafael went crazy, he was really mad and soon began to complain about the job. He complaint a lot to the guy who seems not worried at all. Unfortunately we think the guy wanted to finish the job very fast and was careless. As a result the wheel was badly scratched that Rafael asked the guy to sand the aluminum wheel to improve a bit.
Well, we cannot do anything more and keep on complaining was not going to resolve anything.
Tire repaired, time to check if the problem was really solved. We could not believe when we saw that it was still leaking some pressure, very little but it was. Rafael got even crazier and anger. Anyway, we paid and left, it was useless to complain more and the last thing that we want is that the same guy touch the shell again, he could cause a bigger problem. Let’s move on and for now we will have to keep on checking the pressure every day.

After the stress with the tire we arrived in Half the World. To speak the truth is not half the world, we checked with GPS and it shows that half the world would be about 300 meters north. Fine, at that time GPS did not exist then … Let’s ignore it and enjoy. 🙂
We visited all the Half the world area and went to Quito, direction: Restaurant Ecuaviche indicated by my dear Ecuadorian friends Cintia and Lilian.

Cintia and Lilian: We can not thank you enough for your help, it was amazing! Rafael fulfill his desire to eat ceviche and I had shrimp that was so tasty. To all of you, if one day you visit Quito please be sure to go to Ecuaviche restaurant.
Our many thanks to my dear friends for all indications.

We visited Quito’s historic center which is very beautiful, all churches are so gorgeous. We even watched a mass at Saint Francisco Xavier church after all we only have to thank!

2013/12/02 – Adeus Colombia – Olá Equador / Goodbye Colombia – Hello Ecuador

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Km: 280 Patia (El Bordo), Colombia – Tulcan, Equador
Tempo: nublado de manhã, sol e alguns trechos com chuva a tarde
Temperatura: min de 13 e max de 27

Saímos cedo de El Bordo e só paramos para tomar café da manhã em Pastos, depois de uns 160km rodados.
Hoje passamos por um trecho da Panamericana, entre El Bordo e Pastos que podemos afirmar que foi uma das estradas mais lindas que já passamos em nossas vidas e olha que já temos alguns kilometros rodados… Muito lindo mesmo, nao cansavamos de admirar a paisagem. Uma serra maravilhosa, belíssimas paisagens. Até agora de todos os lugares que passamos desde Toronto este foi o trecho mais bonito.

Quando você fala de Panamericana como você imagina a estrada? Nós imaginávamos uma estrada bem sinalizada com trechos duplicados devido ao movimento. Engano nosso, só conhecendo mesmo para saber. A Panamericana é uma estrada de pista simples, com alguns trechos bem precários, obras intermináveis, alguns trechos sem sinalização alguma e alguns em bom estado de conservação. Não é uma estrada que você possa andar a uma velocidade constant. Sempre tem de estar de olho em animais ou pessoas que podem cruzar a pista. Enfim, não rende…

Após Pastos seguimos em direção a Ipiales para visitar a Virgem de Las Lajes, uma igreja que foi construída na rocha e muito importante para o povo Colombiano. Muito bonita!

Hoje também paramos para verificar o Cardan, Rafael estava encucado com o fato do que aconteceu ontem (da moto não ter forca). Talvez seja pelo fato de falta de graxa, pegamos tanta chuva que talvez tenha lavado toda a graxa. Mais uma vez fomos o centro de atenção do lugar, teve um momento que tinha uns 6 homens em volta de nós e da moto. Praticamente o Rafael que fez tudo, ele que desmontou e montou tudo e o rapaz só colocou a graxa.

Seguimos viagem em direção a fronteira Colombia – Equador. Que diferença de todas as fronteiras que já passamos, bem organizado, não tem aquela gente colando oferecendo serviços.
Fizemos a saída da Colômbia o que foi super rápido, hora de fazer a entrada no Equador. Também foi super tranquilo, bem organizado. Na fronteira encontramos com 2 rapazes (um deles Canadense de Alberta e o outro Israelense) também viajando de moto, desde o Alaska e vão seguir até o Ushuaia. Trocamos algumas experiências e seguiram viajem.
Tudo certo na fronteira do Equador, hora de seguir viagem. Rodamos poucos metros e sentimos o pneu esquisito. Paramos para verificar e adivinha… Estava furado!
Fomos atrás de borracharia para consertar e descobrimos que estava furado no mesmo lugar que já tínhamos consertado na Guatemala. O rapaz da borracharia tentou arrumar, mas mesmo assim estava vazando ar. Rodamos a cidade de Tulcan atrás de uma borracharia que arrumasse pneu sem câmara, acabou ficando tarde demais e não vamos pegar a estrada a noite. Só nos resta dormir por aqui.

Km : 280 Patia (El Bordo), Colombia – Tulcan, Ecuador
Weather : Cloudy in the morning, sunny and very light rain in the afternoon
Temperature : min of 13 and max of 27

We left early from El Bordo and stopped after 160km to have our breakfast in Pastos.
Today we went through a stretch of the Pan American, between El Bordo and Pasts that we can say it is one of the most beautiful roads we have ever drive in our lives. Very gorgeous road, we could not stop to admire the scenery. Beautiful mountains, gorgeous landscapes. Since we started our trip in Toronto it was the most beautiful stretch.

When you talk about Pan American highway, how do you imagine it? We imagined a busy highway very well maintained but we were wrong. The Pan American highway is a single lane with some very precarious stretches, constructions everywhere, poor signaling and few stretches in good condition. There are mens working to improve the highway but it is very slow, looks like it will take years and years to fix everything. Pan American is not a highway that you can drive in a constant speed. You have to watch for animals and people that can cross the highway at anytime.

After Pastos we went towards Ipiales to visit the Virgin of Las Lajes , a church that was built on the rock and very important for the Colombian people. Very beautiful !

Today we also had to stop to check the shaft, Rafael was worried with the fact of what happened yesterday (the bike lost power) . It could be because of lack of grease , we got so much rain that may have washed the grease. Again we were the center of attention, there was a moment that I counted 6 men around us and the bike. Rafael did everything, he dismounted and mounted everything and the guy just put the grease.

We continue our journey towards Colombia border and Ecuador. What a difference from all the boundaries that we have passed, this one was well organized and did not have the folks running after you to sell their services.
It was fast to exit from Colombia, all paperwork was easy and fast. Time to do our entry into Ecuador which was also fast and well organized. At the border crossing we met 2 guys (one Canadian from Alberta and the other Israeli) also traveling by motorcycle from Alaska to Ushuaia. We exchanged some experiences and let’s keep on going.
After we left Ecuador border we drove few kilometers and felt something odd with the tire. We stopped to check and guess what… Flat tire!

We went to repair it and found that the problem was exactly on the same spot as we fixed in Guatemala. The guy from the tire shop tried to fix it but it was still leaking air.
We ran Tulcan city after a tire shop that can fix tubeless tire, it ended up too late and we don’t want to hit the road at night. Better to sleep here.

2013/12/01 – O medo toma conta de nós

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Km: 358 Gigante – San Agustín – Patia (El Bordo)
Tempo: Nublado e muita, mas muita chuva pela tarde
Temperatura: min de 12 e max de 28

Acordamos cedo e partimos de Gigante. Seguimos em direção a San Agustín para visitar a aérea arqueológicas. Muito legal, o parque muito bem organizado, limpo, sinalizado e o primeiro parque que visitamos que oferece serviço de guarda-volumes. Fantástico!!!
Todo o parque muito legal, uma linda vista de um mirante, valeu a pena o esforço da subida.

Saímos de San Agustín e seguimos em direção a Popayan, pensávamos que seria uma estrada como outra qualquer, engano nosso e aí que começa a história. Lembre-se que estas são as nossas opiniões e experiências pessoais. O mais interessante é que perguntamos sobre as condições da estrada para várias pessoas, inclusive alguns policiais e todos disseram que estava boa. Além do que olhando no mapa esta é uma estrada principal e a única que liga as cidades de San Agustín e Popayan.

Estava indo tudo bem até quando o asfalto simplesmente acabou, pensamos que apenas seria um pedaço em manutenção (bem comum nas estradas da Colômbia). Que engano, a estrada só começou a piorar cada vez mais e para ajudar muita chuva caindo. Aquele pedaço de estrada sem asfalto que nos achávamos que já ia terminar nunca terminava e para piorar ainda mais o trânsito diminuiu bastante. Continuamos pois não tínhamos outra opção, debaixo de chuva forte, estrada ruim demais, com muita curva, no meio da mata e deserta.
Não vamos mentir que o medo bateu forte, todos nós sabemos de muitas histórias da Colômbia, suas guerrilhas e tudo mais. Muita coisa passou por nossas cabeças, ainda mais que já tínhamos lido um livro de um rapaz que viajou pela Colombia de moto (uns 10 anos atrás) e infelizmente sua história não foi feliz, o sequestraram, enfim, um horror.
Toda a situação que estávamos vivendo nos fez com que ficássemos muito apreensivos: a estrada estava ruim demais, simplesmente não tinha asfalto algum, o trânsito diminuiu e muito, aquela chuva horrível, muitas curvas, subimos a uns 3400 metros de altitude, só floresta em volta… Sinceramente quase tivemos um treco de tanto medo, não dá nem para descrever, só quando se passa por isso que entende. A estrada era muito bonita, mas quem disse que conseguimos curtir isso, o medo falava mais alto.

Até que encontramos com caminhões naquela estrada horrorosa, contando ninguém acredita que naquela estrada passa caminhão e dos grandes! Mais para frente encontramos com um ônibus de linha, foi quando o Rafael simplesmente colou no ônibus e fomos juntos. Sabemos que isso não é segurança nenhuma, mas pelo menos esta foi a forma um pouco mais confortavel que achamos de rodar todos aqueles kilometros daquela estrada horrível. E assim foram os inesquecíveis 100 km rodados em 3 horas, uma eternidade. Em poucos metros de estrada o asfalto aparecia então sempre tínhamos a impressão de que a estrada ia melhorar, mas era puro engano.

E para piorar a situação ainda mais depois que passamos um povoado muito pequeno, o ônibus que estávamos seguindo colado parou, a partir desse ponto estávamos sozinhos. E não é que depois de uns kilometros do povoado a moto reage esquisito demais, parece que não tinha mais forca para subir. Rafael para e eu desço para conferir se não era o pneu furado, aí Rafa desce, colocamos a moto no cavalete central e Rafa verifica se não é diferencial ou outro problema do gênero. Não achamos nada de errado. Não temos saída, essa moto tem que ter força para sair daquela estrada. Nessa hora meu coração quase sai pela boca de tanto nervoso. Subimos na moto e lá vamos nós. Começamos a descer a serra em uma estrada com muito barro, até caminhão atolado tinha… E chamam isso de estrada!

Enfim, não achamos nada de errado com a moto e depois que começamos a descer a serra ela não apresenta mais o mesmo sintoma. Ficamos pensando o que seria??? A única hipótese seria em relação a altitude… Será que a moto perderia a força por causa da altitude??? Incógnita.

Mas é claro que para completar o dia com chave de ouro algo mais deveria acontecer. As estradas estão cheias de obras, existem muitos trechos aonde apenas passa 1 carro por vez. Em uma dessas paradas o guidao da moto mexeu e não é que o Rafael se desequilibrou e a moto deitou. Óbvio que não é possível segurar essa moto. Não sei como eu consegui sair da moto o mais rápido possível antes que ela deitasse de vez no chão e então ajudei o Rafael a erguer a moto. Tem coisas que acontecem que não sabemos de onde tiramos forças. A moto só deitou e o protetor de motor protegeu bem, fez apenas um arranhão no mesmo.

Depois dos acontecimentos de hoje tenho certeza de que nossos corações estão fortes… Que pavor!!!
Foi um alívio quando aquela estrada acabou e chegamos na cidade de Popayan. Depois que tudo passou demos boas risadas, esse dia ficará na lembrança para sempre!

Sabemos que a Colombia melhorou muito e que todas estas histórias de horror que ouvimos são coisas do passado. Viajando por aqui vemos como a presença do exército é forte em todos os lugares e nos sentimos seguros. Mas infelizmente ainda existem casos de guerrilha, drogas… Inclusive em dos postos de gasolina que paramos um senhor não nos aconselhou a pegar uma das estradas por problemas de drogas, guerrilhas etc… Inclusive eles sempre falam: não viaje a noite…
A Colombia melhorou muito e vai melhorar cada vez mais, temos certeza disso.

Chegamos em El Bordo já quase noite a única preocupação é achar qualquer hotel. E assim foi feito: sem água quente no chuveiro mais uma vez. Mas desta vez a mulher me disse que todo o povoado não tem água quente porque aqui faz muito calor… Af! Ninguém merece… 🙁

Agora só nos resta dormir porque amanhã pisamos em solo equatoriano.

2013/11/30 – Curvas e mais curvas / Turns and more turns

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Km: 479. Zipaquira – Bogotá – Gigante, Colombia
Tempo: frio, nublado pela manhã, a tarde um calor insuportável
Temperatura: min de 13 e max de 36

Saímos cedo de Zipaquira e fomos a Nemocon para visitar mais uma catedral de sal mas infelizmente a mesma só abre para visitação as 9:00 da manhã o que para nós seria tarde demais.
Resolvemos dar meia volta e seguir viagem. As estradas que pegamos até agora na Colombia são ótimas, o asfalto novinho com bastante policiamento e exército. Até agora não temos do que reclamar.

Tivemos que passar por Bogotá pois era caminho e continuamos em direção a Girardo. A estrada muito bonita com muitas curvas e muitos restaurantes. A nossa moto nunca tinha rodado em tanta curva. Próximo a La Mesa tem tantos restaurantes na beira da estrada que não resistimos e resolvemos parar. Muito boa a comida colombiana, experimentamos a vara e arepa, até engraçado o nome… Demos risada. Vara é uma linguiça típica colombiana e arepa é como uma massa de batata grelhada com queijo dentro. Muito bom!

Depois de La Mesa descemos por volta de uns 2200 metros e o calor apertou. O termômetro bateu 36 graus, tivemos que parar e tirar todo o forro da roupa de moto, estava de derreter! Incrível como em questão de poucos kilometros a temperatura muda muito.

Até Neiva tudo plano com a Cordilheira sempre em volta. A serra começa novamente após Neiva, com a estrada boa e paisagens muito bonitas. Como já estava quase escurecendo, estávamos de olho em hotel pois a última coisa que queremos é pegar esta serra a noite. Por sorte achamos um hotel (Villa Claudia) muito legal na beira da estrada uns 80km após Noiva, próximo a cidade Gigante (que de gigante não tem nada…) e não hesitamos. Vamos descansar o esqueleto por aqui mesmo.

Km: 479. Zipaquira – Bogotá – Gigante
Weather: cold, overcast in the morning and very hot and humid in the afternoon
Temperature: min of 13 and max of 36

We left Zipaquira early and went towards Nemocon in order to visit another salt cathedral but unfortunately we could not visit because it open only at 9:00am and this is too late for us. We have to hit the road… All the roads that we took so far in Colombia are good, new ashfalt with lots of police and army. So far nothing to complain.

We had to pass through Bogota because it was on the way to Giriardo. The road is very beautiful with lots of turns and restaurants. Our bike never experienced specialists many turns before.
There are lots of restaurants on the road close to La Mesa, we could not resist and had to stop to have a lunch. The colombian food is very good, we tried “vara and arepa”. Vara is kind of colombian sausage and arepa is kind of grilled potato and cheese.

After we passed La Mesa we started to descend around 2200 meters and the heat was intense. It was showing 36 degrees, we had to stop immediately to remove the inner part from our motorcycle gear. It was extremely hot!
Until Neiva city it was very flat but the mountains always around. The hill begin after Neiva, beautiful scenery and the road condition is good. We were already looking for hotels because it was getting dark and we don’t want to ride at night. We found a hotel (Villa Claudia) close to the city called Gigante and we could not think twice. We will rest because we have more tomorrow.

2013/11/29 – Retirada da moto em Bogotá e segue-se viagem / Getting the bike and continuing our trip

Km: 45 Bogotá – Zipaquira
Tempo: nublado e chuva
Temperatura: min de 8 e max de 19

Saímos cedo para ir conhecer o Cerro Monteserrate, sobe-se de funicular. A vista é bem bonita lá de cima, uma pena que estava com bastante nuvem então não pudemos ver muito longe. Depois visitamos o Museu do Ouro, muito legal.

Um detalhe foi em relação as nossas roupas. Como pegariamos a moto ontem não nos preocupamos e ficamos apenas com a maleta com as coisas necessárias para uma noite. E não é que esfriou em Bogotá e não tínhamos sequer uma blusa de frio? Passamos um frio danado. Foi até engraçado, pensamos até em comprar algo para o frio mas aí pensamos bem e deixamos o ridículo de lado e resolvemos sair pela cidade vestindo a jaqueta de moto mesmo. Nosso modelito estava horrível mas nessas horas pouco importa o que é bonito ou feio. A jaqueta de moto nos salvou e muito. 🙂

Hora de ir buscar a moto no terminal de cargas. Paciência é o que mais se precisa nesta hora, para fazer o trâmite na aduana demorou demais. A aduana fica no terminal de cargas, mas tem muita gente pois imagina só a quantidade de carga que recebem por dia em um aeroporto. O escritório bem bagunçado, a mulher fazendo os nossos papéis não se concentrava, e cheio de gente chega pedindo informação e tirava ainda mais o foco da mulher. Precisa-se de muita paciência mesmo. AF!
Até comentamos que por mais um dia poderíamos ter atravessado de barco além dos belíssimos lugares que iriamos conhecer.

Com os papéis liberados da moto, fomos comer algo pos já passavam da 1 da tarde e seguimos para a Girag. Lá, mais papeis a preencher e um movimento danado de cargas entrando e saindo. Como uma chuva forte começou, pedimos se não podiam nos trazer a moto, assim colocamos as coisas na moto e nossa roupa de moto no seco. E eles concordaram… Viramos atração turística do local, com um monte de gente da empresa e motoristas olhando a gente ajeitar tudo. No final deu tudo certo!

Hora de botar a moto para a rua… Colocaram uma rampa em uma das docas dos caminhões e la foi o Rafael mais uma vez parar o lugar quando desceu a moto. E detalhe, debaixo de uma tremenda chuva.

Fizemos os últimos acertos no terminal de carga e seguimos em direção norte da cidade de Bogotá, pois queríamos ir a Zipaquira, onde íamos vistar a catedral de sal. Porem a chuva e trânsito fizeram levaram a gente a gastar mais de uma hora somente para sair da cidade. Bom, pelo menos estávamos secos e com o friozinho de 13 graus que fazia estava uma delícia de andar de moto. Realmente o calor não é bom companheiro do motociclista.

Chegamos em Zipaquira por volta das 5 da tarde e fomos direto conhecer a catedral de sal. Realmente o lugar impressiona, pois ao invés de largar a mina abandonada apos a a extração do sal, fizeram uma atração turística.

A mina ainda esta ativa, porém estas galerias não mais. Como a antiga catedral, construída pelos mineiros acabou se deteriorando, resolveram construir uma maior, contar a via sacra, colocar um show de luzes e umas lojinhas. Ficou muito legal e a catedral e bem grande, com uma iluminação muito interessante a base de led.

Saímos já era noite da catedral e foi só o tempo de procurar um hotel na charmosa cidade, comer e cair na cama e aproveitar o friozinho que fazia.

Mileage: 45km Bogotá – Zipaquira
Weather: overcast and rain
Temperature: min de 8 e max de 19

We left early to visit the Cerro Monteserrate, where we climb via a funicular. The view is great, it is a shame that there was lots of clouds so we could not see far. After we visited the gold museum, that was really good.

One detail in relation to our colothes. As we were supposed to get the motorcycle yesterday, we didn’t bother to get much stuff and only got one bag with essential things. And it turn out that it got really cold in Bogota and we didn’t have any warm clothes. We felt really cold, it was even funny. We thought about buying something, but on a second thought we gave up and decided to face it with out motorcycle jacket. We were not the most best looking people in town, but we didn’t care… The jacket saved us and we were not cold 🙂

Time to get the motorcycle at the cargo terminal. Patience is that you most need during this activity. To do the customs it took forever as there are lots of people. Imagine how much load it receives per day. The office is not very organized and the women doing our paperwork was not concentrated and lots of people showed up asking for information, further delaying our paperwork. We do really need patience… Argh!
We even commented that of we have one more day we could have taken the boat and visit other places given all these delays…

With the paperwork done, we went to eat something as it was after 1pm and we headed after to Girag. There, more papers to complete and lots of cargo getting in and our. As it started to rain hard, we asked if they could not bring the motorcycle, so we could start to pack, put our gear and rain gear. And they agreed… It turn out that we became tourist attraction of the place with its employees and drivers observing we do all the packing. In the end, everything worked out well.

Time to put the bike on the road… They added a ramp to one of the truck dock and Rafa stopped the place one more time by going down the ramp under a massive rain.

We did the last bit of organiIng in the terminal and headed north of the Bogotá city in direction of Zipaquira, where we would visit the salt caves. However the rain and traffic made us spend more than 1 hour to leave the city. At least we were dry and with a temperature of 13 degrees it was great. Heat is not a good thing for motorcyclists.

We arrived in Zipaquira close to 5pm and went straight to visit the cathedral. The place really impresses, as instead of abandoning the mines where they extracted the salt, they turned into a tourist attraction.

The mine is still active, but the galleries aren’t. As the old cathedral constructed by the miners fell, they decided to construct a new and bigger one, with a via crucis, light show and stores. In the end it turn out really nice and the cathedral is huge with lots of led lighting.

When we left it was already dark, so we only searched for a hotel, ate something and went to bed to enjoy the cold weather

2013/11/28 – Adeus Panamá, Olá Colombia / Goodbye Panamá, Hello Colombia

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Km: zero, não rodamos nada com a moto. Cidade do Panama – Bogotá, Colombia (Voo)
Tempo: sol, chuva de verão e frio em Bogota, Colombia.
Temperatura: min de 11 e max de 24

Hoje nossos pais (Santiago, M. Elisa, Armando and Elcira) saem de viagem também e nos encontraremos no Peru. Aos nossos pais: que façam uma ótima viagem, que Deus os acompanhe e estamos contando os dias para ve-los. Não podemos pedir por mais nada, que alegria poder encontrar-los no Peru e seguirmos todos juntos para o Brasil. 🙂

Acordamos cedo, mesmo porque no hotel que estávamos não podíamos dormir muito, uma avenida barulhenta demais, ônibus, caminhão todos buzinavam. Uma barulheira só.
Fomos achar um local para o café da manhã e aí foi engraçado. Achamos um local que faziam vitaminas, a nossa primeira pergunta foi: “faz vitamina com leite ou água?” A moça respondeu que fazia com leite. Ótimo, pedimos dois e para que colocasse o mamão e banana na vitamina, mesmo que no cardápio só tinha de um sabor. As moças ficaram olhando para nossa cara pois pedimos de 2 frutas. Acho que fomos os primeiros clientes a pedir algo tão diferente?
O que tem demais pedir uma vitamina de mamão e banana com leite?
O engraçado foi quando ela começou a fazer a vitamina, Rafa estava em cima igual um cão de guarda. Para nossa surpresa ela colocou muito gelo no liquidificador. Rafael imediatamente pediu que ela retirasse aquela quantidade de gelo. Óbvio que com aquela quantidade de gelo ela também colocou água. Rafael só disse: “porfavor saca toda água”. A moça retirou toda água. E então quando ela começa colocar o leite medindo o mesmo em um copo bem pequeno, como aqueles de aperitivo. Rafa diz: “mais leite porfavor”. E por último foi o açúcar, a mulher queria derrubar o pote inteiro de açúcar no liquidificador. Rafa diz: “está bom de açúcar, não coloque mais”.
Morremos de rir e eu disse que mais um pouco ele pulava dentro do balcão da mulher e ele mesmo preparava a vitamina.
Essas são as pérolas de quando viajamos. Demos boas risadas.

Seguimos para o aeroporto e descobrimos que o taxista de ontem que nos levou do aeroporto até o hotel nos assaltou. Cobrou uma fortuna. Ficamos muito bravos, mas fazer o quê. Panamá, um País com grandes desenvolvimentos, bastante avançado, mas achamos um pouco sujo, as rodovias e cidades são mais sujas. Pegamos nosso vôo de uma hora e meia para Bogotá.

Chegamos em Bogotá e ficamos surpresos demais com o aeroporto. Coisa de primeiro mundo, enorme, limpo, todo arrumado e com muitas esteiras. A imigração então nem se fala, nível de qualquer aeroporto bom, como nos Estados Unidos da Canadá. Fomos super bem recebidos, explicamos que ainda tínhamos uma moto para retirar e o guarda da imigração gostou do assunto de viajar de moto.

Passada imigração hora de sair do terminal de passageiros e ir para o terminal de cargas para pegar a moto. Pegamos um ônibus gratuito que vai até o terminal de cargas. Para nossa surpresa descobrimos que a moto ainda não tinha chego, o vôo do Panamá atrasou e faria uma escala em Medellin. Em resumo, a moto não chegaria antes das 5 da tarde. Resolvemos pegar um táxi e ir para o centro para conhecer a cidade de Bogotá ao invés de ficarmos sentados no terminal de carga fazendo nada.
Ótima decisão, pois já fomos atrás de hotel e logo em seguida saímos para conhecer a cidade.
Bogotá, se você tiver a oportunidade de vir conhecer, venha! Uma cidade muito legal, com gente bonita, cidade limpa, o centro histórico é muito bonito e nos sentimos muito seguros.
Andamos a tarde toda pela cidade. Adoramos!

Amanhã conheceremos alguns lugares que não deu para conhecer hoje e depois vamos buscar a moto e seguir viagem. Estamos com saudades de andar de moto! 🙂

Km: zero. Panama City – Bogota, Colombia (Flight)
Weather: sunny and hot in Panamá, cold and heavy rain in Bogotá.
Temperature : min of 11 and max of 24

Our parents (Santiago, M. Elisa, Armando and Elcira) initiated their journey today as they left Sao Paulo to meet with us in Peru. To our parents: we wish you a wonderful trip, God be with you and we are counting the days to see you. We could not ask for anything more, what a joy to meet them in Peru and travel to Brazil all together. 🙂

We woke up early, anyway we could not sleep much because the hotel was located in a noisy avenue, where buses, taxis and trucks blasted their horns. Too much noisy.
We searched for a spot for breakfast and that was funny. We found a place that prepare smoothie, and our first question was “do you prepare the smoothie with milk or water?” The girl answered that it is prepared with milk. Great, we ordered two smoothies, flavors: papaya and banana together even though the menu only had one fruit. The girl stared at our face because we ordered 2 fruits together. I think we were the first customers to order something different?
What is the problem to ask for a smoothie with papaya, banana and milk?
The funny thing was when she began to prepare the smoothie, Rafa was up like a guard dog. To our surprise she put lots of ice in a blender. Rafael immediately asked her to remove that amount of ice. Obvious that with that amount of ice would become water. Rafael asked: please throw away all the water”. The girl pulled out all the water. When she starts putting milk measuring the same in a very small cup, like those of appetizer. Rafa says: “please more milk” and last was the sugar, the woman wanted to overthrow the entire pot of sugar in a blender. Rafa says: “it is okay, don’t put any more sugar” .
We were laughing so hard and I could see him jumping in her kitchen to prepared the smoothie himself. This the beauty when traveling, we had a good laugh.

We went to the airport and found that the taxi driver who took us from the airport to the hotel ripped us off yesterday. He charged us a fortune. We were so mad but nothing to do at this time.
Panama, a country very well developed but a little dirty, we see lots of garbage in highways, roads and cities. We caught our an hour and a half flight to Bogota.

We arrived in Bogota and were surprised at the airport. Beautiful airport, huge, clean, with many moving treadmills, like any other very good airport in United States or Canada. We were very well received in the immigration, we explained that we still have a bike in the cargo aerea and the immigration officer was surprised about our journey, he liked to exchange few experiences…

All done, time to get the free bus that goes to the cargo terminal to get the bike. To our surprise we found that the bike did not arrive, the flight was delayed and it was going to do a stopover in Medellin. In summary, the bike would not arrive before 5pm. We decided to take a cab and go downtown to visit the Bogotá city instead of sitting in the cargo terminal doing nothing.
It was a great decision because we could find a hotel and visit many places in the city.
Bogotá, if you have the opportunity to visit, please do so! It is a very nice town with nice people, very clean, the historic center is beautiful and we felt very safe.
We walked around town all afternoon. We loved it!

Tomorrow we will visit some places that did not have time to see today and then we will get the bike to keep on going with our journey. We miss riding our bike! 🙂

2013/11/27 – Mais um sonho realizado / Another dream accomplished

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Km: 517. David – Cidade do Panama
Tempo: sol, um pouco de chuva, nublado e sempre calor
Temperatura: min de 22 e max de 34

Saímos as 5:30 da manhã de David pois temos alguns kilometros para rodar hoje.

No geral as estradas do Panamá são boas, pegamos alguns trechos de pista simples em más condições mas no geral são boas. Até agora este foi o primeiro País que passamos com bastante policiamento nas estradas e a nossa primeira vez que fomos parados pelo seu guarda.

Motivo: estávamos a 80km/h em um trecho que deveríamos estar a 40km/h. Na verdade estava com bastante neblina e não vimos a placa de velocidade e muito menos o guarda. Mas estávamos rodando a uma velocidade segura… Enfim, o radar móvel do seu guarda nos pegou.

Lá se vai uma conversa, a princípio o guarda disse que ia nos multar e pronto. Mas conversa vai, conversa vem, fala-se de futebol, da viagem, dos lugares bonitos que passamos, de cerveja… Sabe-se o jeitinho brasileiro… Enfim, pudemos seguir viagem felizes. 🙂

Chegamos na Cidade do Panamá e fomos realizar um dos sonhos da viagem, conhecer o tão famoso Canal do Panamá. Que belo! Fomos assistir um vídeo de toda sua história e construção, muito interessante. Depois visita-se o museu e por último vai conhecer o canal e de quebra pegamos dois navios enormes atravessando o canal. Baita sorte!

Mais um sonho realizado, hora de ir ao terminal de cargas para entregar a moto pois a mesma será transportada de avião para Bogotá, Colômbia.

Pegamos um trânsito pesado para ir até ao aeroporto, estávamos apreensivos com o horário, não podíamos perder de mandar a moto hoje. Caso perdessemos teríamos que esperar até semana que vem. Chegamos ao terminal de carga e fomos direto na Girag para fazer todo o desembaraço da moto. Papel daqui, papel dali, prepara a moto, tiramos tudo que íamos precisar, amarramos tudo que iria com a moto, paga-se, leva a moto até a entrada de cargas, mais papel, assinaturas e pronto!

A moto é toda empacotada para proteção, deixamos até os capacetes, botas e calça da moto para ir junto com a moto. Amarramos tudo e lá se vai. Até logo motoca, nos vemos em Bogotá, Colômbia.

Saímos do terminal de cargas e fomos ao terminal de passageiros para comprar as nossas passagens. Estávamos esperando um táxi que nunca vinha quando um senhor que trabalha no terminal de cargas nos ofereceu para nos levar até lá. Quanta gentileza! Estas são pequenas coisas que acontecem para nos mostrar como existe gente boa nesse mundo.

Compramos nossas passagens depois de alguma luta, não queriam nos vender passagem só de ida. Explicamos que estávamos viajando de moto, mostramos os documentos de que a moto seria enviada a Bogotá. Convencidos de que não ficaríamos ilegais na Colômbia nos venderam as passagens. É até um ironia esse tipo de coisa, já imaginaram nós dois ilegais na Colômbia? Demos risadas.

Depois de mais um monstrinho matado, hora de decidir se voltamos ao centro para dormir ou se ficamos perto do aeroporto, uma vez que teremos que voltar amanhã cedo de qualquer forma.
Resolvemos ficar perto do aeroporto. Achamos um verdadeiro muquifo de hotel e sem opção alguma tivemos que ficar. Só depois viemos a saber que o mesmo não oferecia chuveiro com água quente. Santa paciência, daí-nos força para superar mais esta… E assim superamos, foi sofrido tomar banho gelado mas tomamos.
Hora de dormir, amanhã tem mais.

Km: 517. David – Panama City
Weather: sunny, light rain, overcast but always hot and humid
Temperature: min of 22 and max of 34

We left David at 5:30am because we have few miles to cover today.

Overall the roads in Panama are good, we took some stretches of single lane in poor condition but overall are good. Until now this was the first country with lots of police patrolling the roads and our first time that we were stopped by the officer.

Reason: we were at 80km/h on a stretch that we should be at 40km/h. Actually was quite foggy and we saw no signal about the road speed and much less the cop. We were running at a safe speed but unfortunately the radar gun caught us.

The cop right away mentioned that he was going to fine us and that’s it. But after some talk, we talked about football, about our trip and the beautiful places we visited, we talked about beer… Advantage of being a Brazilian, we have ways to turn the situation… Anyway, we could continue our trip. 🙂

We arrived in Panama City and realized another dream from this journey: to visit the famous Panama Canal. How beautiful! We saw a video of its history and construction , very interesting . We visited the museum and finally visited the canal. We were so luck that we could see two giant ships crossing the canal. Amazing!!!

Another dream accomplished, time to go to the airport cargo terminal to deliver the bike because it will be transported by plane to Bogota, Colombia.

We had to go through a heavy traffic to get to the airport , we were apprehensive about the time as we could not miss to send the bike today. If we miss it we would have to wait until next week. We were so thankful we got there on time. Time to prepare all paperwork, prepare the bike, we tied everything that would go with the bike, we got things that we will keep with us, took the bike to the cargo entrance, more paperwork, signatures and voila!
The bike is all packed for protection, we decided to leave the helmets, boots and our motorcycle pants to go with the bike. We tied everything and good to go.
Bye bye bike, see you in Bogota, Colombia.

We left the cargo and went to the passenger terminal to buy our flight tickets. We were waiting for a taxi that never came when a gentleman who works in the cargo offered to take us there. How nice! These are small things that happens to show us the good people that exists in the world.

We bought our tickets after some struggle, they did not want to sell us one way ticket. We explained that we were traveling by bike, we showed them the documents that the bike would be sent to Bogotá. Convinced that we would not be illegal in Colombia they sold us the tickets. What a irony, can you imagine both of us illegal in Colombia? Very funny.

Time to decide if we return to the city center to sleep or if we stayed near the airport since we have to be early there tomorrow anyway.

We decided to stay near the airport. We found a hotel that was not so good but we didn’t have another option. Unfortunately we came to know a little late that it did not offer hot shower. OMG, give us strength to overcome this… We suffered but we took a cold bath.
Bedtime, tomorrow has more.

2013/11/26 – Deixando a vida boa para trás / Leaving the amazing time behind

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Km: 523. Fontana, Costa Rica – David, Panama
Tempo: sol, chuva, nublado, frio, calor, neblina
Temperatura: min de 10 e max de 33

Hoje deixamos a vida boa para trás. Partimos cedo de Fontana depois de um café da manhã maravilhoso. Não é a toa que os amigos do Norte escolhem a Costa Rica como destino para fugir do frio.

Costa Rica, nos mostrou ser um País muito limpo, estradas boas, um povo acolhedor, sempre fomos muito bem atendidos e servidos aqui, a paisagem é linda e para todos os gostos, tem-se montanhas, praias, piscinas, lagos… O que preferir. Costa Rica é outro País que deixará saudades e voltaremos sem dúvida. Claro que não pudemos conhecer tudo que queríamos devido ao tempo, então teremos que voltar em uma outra oportunidade. E voltaremos com certeza!

Passamos para conhecer San Jose, capital da Costa Rica. Uma cidade grande, mas nos pareceu bem organizada perto de outras capitais que já conhecemos. Andamos em estradas com belíssimas paisagens, de ficar de boa aberta… Valeu demais. Subimos a 3200 metros de altura, pegamos neblina a ponto de não se ver nada logo a frente, pegamos frio de 10 graus (o que é frio aqui…), descemos a nível do mar e com calor de 33 graus, enfim, experimentamos de tudo um pouco.

Esta é a maravilha quando se viaja de moto. Você sente a mudança de temperatura na estrada, o cheiro de tudo, o som, enfim, o seu contato com tudo é muito mais intenso… Só quem viaja de moto sabe entender o que tentamos expressar. 🙂

Hoje ainda celebramos um marco importante da nossa viagem: 10,000 km rodados. Claro que tínhamos que celebrar e tiramos foto para comprovar.

Tivemos o prazer de conhecer o Pacífico por esses lados. A água é bem clara e sempre o calor intenso. Sempre muito abafado.
Quantas casas em condomínios e lotes com vista para o Pacifico à venda. Da até vontade de comprar…

Chega de sonhar, temos que seguir viagem pois temos mais uma fronteira à frente. Nossa décima primeira fronteira e décimo País. Já sabemos tudo de fronteira… 🙂

Chegamos na fronteira de Porto Canas e lá vamos nós correr de guichê em guichê. Esta vez chegamos já escurecendo e para ajudar ainda mais o Panamá está uma hora à frente. Na saída de Costa Rica fizemos a saída de nossos passaportes e da moto, um detalhe é que fomos atendidos por pessoas bem secas. Talvez pelo fato de estar tarde e quase no final do expediente deles… Estavam de mau humor. Mas tudo bem, fomos simpáticos e agradecemos mesmo assim. Hora de fazer a entrada no Panamá.
Dois fatos curiosos e diferente de todas as outras fronteiras:
– tivemos que fazer um seguro da moto que até agora não descobrimos para que serve, o verdadeiro caça níquel
– tivemos que mostrar que tínhamos no mínimo 500 dólares em cash cada um para poder entrar no País
Só depois disso que pudemos dar entrada no passaporte e fazer a importação temporária da moto.

Tudo pronto, seguimos viagem e já era noite. Não tínhamos outra saída, não vimos nenhum hotel e nenhuma cidade perto da fronteira. Seguimos até David, Panamá. A boa notícia é que a estrada da fronteira até David é toda duplicada e em ótimas condições.
Chegamos em David e ficamos logo no primeiro hotel que achamos e que óbvio era limpo. Estávamos cansados. Nos resta dormir porque amanhã temos mais estrada…

Km: 523. Fontana, Costa Rica – David, Panama
Weather: sunny, rain, light rain, fig, cold, heat…
Temperature: min of 10 and max of 33

We left the good life behind. We left Fontana early after a wonderful breakfast. No wonder why our friends from the North choose Costa Rica as a destination to escape the cold.

Costa Rica has shown to be a very clean country, good roads , friendly people , we were always very well attended and served here , the scenery is beautiful and it has a little of everything for everyone, it has mountains , beaches , pools , lakes … Whatever you prefer. Costa Rica is another country that will be missed and we will visit again without a doubt. Of course we could not visit everything due to the short time that we have, so we have to come back at another time. And we’ll be back !

We passed by San Jose, capital of Costa Rica . A great city that it seemed well organized in comparison to another capitals that we already visited. We drove through roads with beautiful scenery and amazing views. We climbed to 3200 meters high and drove with such a fog that we could not see anything ahead of us, it got cold around 10 degrees (which is very cold here), we went down to sea level and got 33 degrees of heat, so we experienced a bit of everything.

This is the advantage when traveling by bike . You feel the temperature change on the road, the smell of it , the sounds, our contact with everything is much more intense… Only those who travel by bike understands what we try to express . 🙂

Today we celebrated an important milestone of our trip: 10,000 km traveled. of course we had to celebrate and we took a picture to prove.

We had the pleasure of visiting the Pacific in these area. The water is very clear and the heat is intense. We saw many houses and lots overlooking the Pacific for sale. You even feel like buying one…

Enough dreaming, we must get going as we have another border crossing ahead. This is our eleventh border crossing and the tenth visited country. We know everything about border crossing… 🙂

We arrived at Porto Canas border and started to run from booth to booth. It was getting dark when we reached the border and to help us even more, Panamá is one hour ahead.
We did everything needed in order for us to leave Costa Rica and at this time we were not well attended. Perhaps because of being there late in the day and maybe near to the end of their shift… The officials were in a bad mood. That’s okay, we still appreciate their work and thank you them. Time to do the entry in Panama.
Two curious and different facts from all other boundaries:
– We had to pay for a bike insurance which until now we didn’t understand the purpose, looks like a slot machine…
– We had to show that we had at least $500 each in cash to enter into the Country
Only after that we were able to do our passport and bike entry.

After everything is sorted out, we have to keep on going and it was already dark. We have no other way out, we didn’t find any hotel neither a city close to the border that we could stay. We went towards David, Panamá.
The good news is that the highway is excellent from the border until David.
We arrived in David and stayed in the first clean hotel that we found. We were so tired.
Better go sleep because we have more kilometers to ride tomorrow.

2013/11/25 – Vida boa / Nice life

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Km: Liberia – Fontana
Tempo: sol e a tarde nublado mas bem calor
Temperatura: min de 22 e max de 32

Um comentário que não fizemos ontem em relação aos chuveiros aqui… Escolhemos o hotel principalmente pelo fato de ter água quente… E adivinha o que aconteceu quando a Liliane foi tomar banho… O chuveiro elétrico não funcionou. Sem nenhuma outra opção, a Liliane teve que tomar banho em outro banheiro e pelo menos nos deram um desconto. Vai entender esse povo… Mas agora aprendemos e temos que perguntar se tem água quente e se funciona!

Acordamos cedo pois hoje paramos para trocar o óleo da moto. A luz do nível de óleo baixo já tinha acendido ontem, então ao invés de completar resolvemos logo trocar pois íamos precisar trocar de qualquer forma nos próximos dias. Óleo trocado, podemos seguir viagem.

A Pan Americana no trecho entre Liberia e Canas está cheia de obras. Na verdade muito ruim de dirigir pois tem muito caminhão e além do mais devido às obras o trânsito para muito. E para ajudar o calor mais uma vez estava forte.

Quando pegamos a estrada que vai para La Fontana foi um alívio, além de ter bem menos tráfego a estrada é linda. Passamos em alguns pedaços de mata fechada, muito lindo. Estava bem agradável e se tem vistas lindas do vulcão Arenal e do lago Arenal também. A estrada tem muitas curvas e pena que estava um pouco molhado e chovendo em alguns trechos. Mesmo assim aproveitamos e paramos em alguns trechos para tirar fotos.

A intenção era de conhecer Monte Verde, porém esta não tem as águas quentes que queríamos e vai ficar para a próxima vez. Fomos então em direção a Fontana, próximo ao Vulcão Arenal, onde existem muitos hotéis e locais com águas quentes. Pesquisamos alguns, sendo que existem alguns bem caros, chegaram a pedir $220 dólares por uma noite sem café da manhã! Nós decidimos pelo Montaña de Fuego que cobrou razoáveis $70 com direito a água quente, café da manhã e com cabanas com vista maravilhosa do vulcão Arenal.

E realmente foi uma boa escolha. As cabanas são super charmosas com varanda de frente para o vulcão… E as águas quentes muito boas, apesar de não serem grandes as piscinas. Realmente aproveitamos! Ficamos quase a tarde toda nas piscinas e relaxamos bastante, pois temos que acelerar nos próximos 2 dias para chegar a tempo na cidade do Panamá para despachar a moto para Colômbia.

Pois é… Muita moleza :o)

Mileage: km Liberia – Fontana
Weather : Sunny in the morning and overcast in the afternoon
Temperature: min de 22 e max de 32

A comment that we didn’t make in relation to showers here… We chose the hotel mostly due to the fact that they have hot water… And guess what happened when Liliane tried to have a shower… The electric shower didn’t work. Without any other option, she had to shower in another bathroom but at least they gave us a discount. Go figure this people… We learned that now we have to ask if they have hot shower and if it works!

We woke up early in order to change the bike’s oil. The low oil light was lit yesterday and instead of just competed we decided to replace it as we’ve had to do it anyway in the next couple of days. Oil changed, time to hit the road.

The Pan American Highway between Liberia and Cana is in construction. It is really bad to ride there as there are lots of trucks and due to construction, lots of stops. And to help the heat was intense.

It was a relief when we took the road to Fortuna. It had a lot less traffic and the road is gorgeous. We went by some forest areas, very beautiful. It was very pleasant and we had great views of Vulcan Arenal and from Arena lake. The road has lots of turns and it was a shame that it was wet and raining in some stretches. But even with that we enjoyed and stopped a few times to take pictures.

The original intention was to visit Monte Verde. However it does not have the hot water springs that we wanted, so it will be for next time. So we went in direction to Fontana, next to Volcan Arenal, where we could find lots of hotels with hot water springs. We researched some expensive ones, some asked $220 dollars for one night without breakfast! We decided for Montaña de Fuego that asked for reasonable $70 with hot water springs, breakfast and great view of Volcano Arenal.

And it was a great choice. The cabins are very charming with a varanda facing the Vulcan… And the hot water spring is very good, although not very big. We really enjoyed! We stayed the whole afternoon in the pool relaxing a lot, as we have to speed up in the next 2 days to arrive on time at Panama City in order to ship the bike to Colombia.

So… Lots of easy times :o)

2013/11/24 – Paraíso / Paradise

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Km: 193  Granada – Ilha de Ometepe – Liberia
Tempo: Sol e muito calor
Temperatura: Min 23 Max de 32

Hoje saímos as 6:00 da manha de Granada e seguimos em direção a Rivas. Fomos pesquisar sobre o barco que vai até a Ilha de Ometepe. Apesar de não termos muito tempo a intenção era de visitar a ilha e assim foi feito. Sábia decisão. Ilha de Ometepe com seus vulcões, o Lago de Nicarágua em toda sua volta é simplesmente maravilhoso e acabamos por descobrir que aqui podemos chamar de paraíso.

Contratamos um guia que nos levou para conhecer um pedaço da ilha apenas devido ao nosso tempo curtíssimo – a ilha é a maior ilha de água doce no mundo, com mais de 200km quadrados de área.
Valeu cada centavo e minuto. As praias sao maravilhosas, água muito limpa e também visitamos o famoso “olho de agua” que são piscinas naturais de água vulcanica.  Ahhh se tivéssemos mais tempo… Ilha de Ometepe, com certeza voltaremos para explora-la melhor.
Nicarágua deixará saudades, com certeza voltaremos.

Da Ilha de Ometepe seguimos para Costa Rica, cruzamos a fronteira em Penas Brancas. Acabou demorando mais do que esperávamos. Muitos guichês para ir e cópias e mais cópias de papeis aqui e ali.
Notavelmente tudo começou a melhorar não só a fronteira em si, mas a limpeza também. As estradas de Nicarágua são ótimas e até agora Costa Rica não nos decepcionou também. Tudo muito bem sinalizado e limpo! Incrível. Agora vemos quanta sujeira deixamos realmente para trás.

A ideia era de irmos até Monte Verde, mas devido a visita a Ilha de Ometepe e mais fronteira infelizmente não deu para chegar. Não queremos viajar a noite por mais que as estradas sejam boas. Chegamos em Libéria e aqui dormiremos esta noite.

Adeus Nicarágua, voltaremos qualquer dia desses.

Mileage: 193  km Granada – Ilha de Ometepe – Liberia
Weather: sun and lots of heat
Temperature: Min 23 Max de 32

Today we left at 6am from Granada and we headed to Rivas. We researched about the boat that goes to the Ometepe Island. Although we don’t have much time, the intention was to visit the island, and that is what we did. Wise decision… The Ometepe Island with its volcanoes, the Nicaragua lake all around is simply wonderful and we discovered that here we can call paradise.

We hired a guide that took us to visit a small portion of the island due to our tight schedule – by the way, the island is the largest sweet water island in the world with  more than 200 sq kilometers. It was worth every penny and the time we spent there. The beaches are wonderful, very clean water and we also visited the famous “water eye” with natural volcanic water swimming pool. We wish we had more time… Ometepe island, for sure we will be back to better explore.

After Omotepe Island we went towards Costa Rica, we crossed the border at Penas Brancas. The border cross took more time than we expected. Too many booths to go and copies and more copies of the documents.

We noticed that everything is better as soon as we arrive at the border cross, not just the border itself but we are surprised how clean the roads are. Roads in Nicaragua are great and in Costa Rica it did not disappoint us so far. Everything is clean and well signalized. Only now we realize how much dirt we left behind.

The initial plan was to go up to Monte Verde in Costa Rica. However, due to the visit to the Ometepe island, we could not make it. As we don’t want to ride during the night, we stayed in Liberia and here we will sleep.

Goodbye Nicaragua, we will be back…

2013/11/23 – Muito calor na Nicaragua / Too hot in Nicaragua

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Km: 96   Manágua – Granada
Tempo: sol e muito mais muito calor. O problema é que é abafado demais.
Temperatura: min de 25 e max de 33

Fomos conhecer o centro de Managua antes de deixa-la para trás. Que calor que faz nesta terra!!! Abafado demais.
Mas antes tivemos que consertar o pneu traseiro da moto que tinha um furo bem pequeno. Por isso que a cada 2 dias o Rafael tinha que calibrar os pneus. Estava explicado…  Rafael tentou consertar antes de sairmos do hotel, mas não deu muito certo, ainda estava vazando ar aos poucos. Para evitar maiores problemas resolvemos já logo consertar, uma vez que estamos na terra aonde a cada esquina existe uma borracharia.

Saímos de Manágua e fomos para Laguna de Xiloa, que é uma antiga cratera de vulcão. Que agua quente! Nessas horas estar de moto é uma desvantagem, pois se estivéssemos de carro juro que ficaríamos o dia por lá e claro que entrariamos na agua. Enfim, como nem tudo é perfeito então vamos seguir viagem.
Seguimos em direção a Masaya e no caminho encontra-se muitos restaurantes o que nao resistimos e resolvemos parar em um deles – Mi Viejo Ranchito. Que ótima decisão, a muito tempo não comiamos uma carne de vaca tão macia. Estava ótimo.

Masaya uma cidade bem pequena mas que esperávamos mais, na verdade muita sujeira por tudo. Ficamos decepcionados.
De Masaya seguimos para Granada, uma cidade bem turística com uma arquitetura um pouco mais antiga e com seu vulcão Mombacho soltando as fumarolas. Lindo!!! Percorremos a cidade toda a pé e o centro turístico cheio de bares e restaurantes com muitas opções.

Maravilha, então agora é só curtir a noite de muito calor tomando uma cerveja local, Tona. Detalhe: cerveja de 1litro. Ohh saudades da cervejona de litro. Isso nos faz lembrar muito do nosso Brasil 🙂

Por hoje é só.

Km: 96   Manágua – Granada
weather: sunny and very, very hot and humid
Temperature: min 25 and max of 33

We visited Managua downtown before we left the city behind. What a hot place this is!!! The heat is intense, we even feel like doing nothing.

We had to fix the back tire as it had a small puncture and it was the reason why Rafael had to pump air every 2 days.
He tried to fix it himself but unfortunately it was still leaking air, so better to go to a place and have it fixed for good.

We left Managua and went to Xiloa lagun, an old volcane crater. What a hot water! Terrific! When we reach places like this we regret the fact that we are traveling in a motorcycle. If we were in a car, for sure we will spend the day there and take advantage of the water… Perfect to swim and relax!!!

All the way to Masaya there are many restaurants and we could not resist. We stopped at Mi Viejo Ranchito. Best decision ever! It is been such a long time that we didn’t have such a tender beef. It was so good.

Masaya, it is a very small city and we were expecting more, to be honest it was very dirty. We were disappointed.
We went to Granada, a very touristic city with an old architecture and the Mombacho vulcane with fumes leaving.
Beautiful!!! We visited the whole city on foot and we stopped in one of the restaurants in the tourist area. There are so many of them.

Time to enjoy the wonderful warm night having a local beer called Tina. By the way, this is a 1 litre beer. We miss so much the 1 litre beer, it reminds us back home… 🙂

This is it for today.