Triângulo na América |
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29/Janeiro/2001
- segunda-feira Acordamos às 3:10hs da manhã para continuarmos viagem pelos geisers do El Tatio. Como já tínhamos arrumado as coisas e pago a pousada, só fomos do lado do muro do cemitério da cidade para esperar alguma van e seguir em comboio para os Geisers. A van que saiu de nossa pousada ainda pegaria algumas pessoas e preferimos então segui-la do cemitério mesmo. O frio incomodava, o tempo estava nublado e não dava para ver muitas estrelas. Depois de 15 minutos esperando, passou uma pick up e depois a van do hotel. Saimos logo em seguida parando em todos os pontos que eles paravam. Com certeza eles não gostam que os seguimos mas não podem fazer nada se não correrem muito e tentarem despitar nas curvas perigosas da via. Esta é bem sinalizada mas existem algumas bifurcações que podem confundir (somado ao fato de ser de noite e que temos horário para ver o espetáculo, o stress está formado. Não podíamos nos dar ao luxo de perder aquele par de faróis senão perderíamos o melhor da festa que acontece às 6:15hs. Senão bastasse tudo isto, na correria de manhã, esquecemos de travar a porta da caçamba, que abriu na íngreme subida da serra. Por sorte fomos alertados por outras pick ups que nos seguiam no comboio. Tivemos que parar e perder o que tinha caido (por sorte não muita coisa). Perdemos nossa trava de segurança mas contávamos ainda com o sistema original da S10 para travar a tampa. Mas, como estava muito cheia, a tampa abriu-se de novo e lá vai o Rafael correndo pela estrada para resgatar o que mais poderia ter caido enquanto eu rearranjava as coisas para poder fechar direito e a tampa não abrir mais (tudo isto no mínimo tempo possível para não perdermos os carros que seguíamos). Perdemos os demais no pior trecho, com muitas estradinhas vicinais que formavam o labirinto. Havia horas em que víamos 4 carros seguindo por estradas paralelas à nossa indo para o mesmo lugar… Seguimos uma mulher que estava perdida quando avistamos a van que seguíamos desde o começo da cidade. Pulamos o acostamento da trilha que estávamos, passando pelo meio do mato e chegando à outra picada – tínhamos achado o nosso guia! Mas valeu a pena: apesar de estar nublado e 4ºC (6hs da manhã), os ventos fracos não dispersavam a enorme quantidade de vapor que vinha do solo. O cheiro de enxofre era absurdo e a água que jorrava para cima chegava a 66ºC (medida com o termômetro). El Tatio está a menos de 1 km da fronteira com a Bolívia e, no escuro das 6 hs da manhã, era possível ouvir o ruído de água fervendo por todos os lados. Os geisers ficam no cume de um vulcão apagado a 4300 MSNM, na maior área de atividade geotérmica do mundo. Os geisers são estruturas individuais que formam montes de camadas de minérios e enxofre cujo odor forte chega a dar náuseas. A intensa atividade geotérmica acontece pela manhã. Há alguns momentos em que há uma parada mas depois retorna com muita força, espirrando água quente para o alto. Às 8:20 hs, depois que o sol aparece por detrás da neblina causada pelo vapor para uma piscina térmica que está do outro lado do grande vale formado pelo cume dovulcão.Não nos arriscamos a entrar na água verde e com forte odor de enxofre. Muitos enraram e fizeram questão ed melecar todo o corpo (inclusive o cabelo) com a lama do piso da piscina. A água tinha uma temperatura agradável mas um aspecto horrível. Em volta de toda a região, há picos com neve pertinho. Os cumes brancos e o sol refletindo dava uma paisagem excepcional e de outro mundo! Na volta, durante o dia, vimos que as estradas estão bem sinalizadas e com o rípio razoável até para carros de passageiros. Preferimos voltar por Caspaña e Ayquina pois dali poderíamos encurtar a nossa viagem para Iquique pelo litoral saindo de Calama. Neste caminho, chegamos a 4525 metros de carro, cruzamos llamas e passamos por curvas muito fechadas. Às 13 hs chegamos em Calama para de novo comer no café Viena (que desta vez estava pior do que o normal) e conectar-se à Internet. Saímos às 15 hs depois de ficar tentantdo enviar uma mensagem por quase uma hora (os micros eram muito ruins) e de comer um péssimo Barros Luco (churrasco com queijo derretido) que estava frio e com apenas uma lâmina de carne (isto sem contar as batatas fritas de Polipropileno com Talco). Chegamos À Tocopilla às 16:30, cidade litorânea, chamada pelos chilenos de "A Capital da Energia". A grande usina termoelétrica provê toda a energia elétrica que a mina de Chuqui consome. As linhas de transmissão de energia elétrica nos acompanharam por toda a descida de serra. Até agora, descemos de 4500 para zero metros acima do nível do mar… Agora é só subir pelo litoral até Arica (na divisa com o Peru). As praias daqui do norte são como todas as outras que vimos daqui do Pacífico: tão pedregosas que não dá nem para pensar em entrar. São pedras do deserto que estão por todas as partes. Por outro lado, o mar sempre revolto dá bons espetáculos quebrando as ondas nas pedras que avançam para o mar. Paramos para pegar umas conchas e ver o mar de perto com as suas pedras. Realmente o acesso à água é complicado e o mar bate muito forte nas pedras. Paramos as 19:00 no aeroporto de Iquique (a 30 km ao sul da cidade) para ligarmos para o povo no Brasil, este aeroporto é muito interessante, pois fica entre a rodovia e o mar, pois não há espaço entre a pista e a cordilheira, que fica junto ao mar. Chegamos em Iquique às 19:30hs. A cidade litorânea fica espremida entre o Pacífico e a Cordilheira. Era uma aldeia indígena e, por isto guarda muitos prédios históricos em seu centro. Tudo é perto e a cidade tem boa estrutura. Achamos um hotel ou melhor pensão no centro, era a Hotel, Hosteria, Motel e Cabañas Marbella, demos uma olhada no quarto, e achamos razoável por 8000 Pesos, (com baño privado!). Mas quando deixamos nossas tralhas, e olhando melhor, vimos que o banheiro era literalmente dentro do quatro, ou seja tinha só uma divisória entre a parte de dormir e o banheiro propriamente dito. Fomos tomar banho, e outra aventura, só tinha um registro. Fomos pedir para a dona aonde estava a água caliente, e ela nos informou que era só abrir o registro que esta viria. Como já era de se esperar, a água era de morna para fria. Bom, resolvemos esquecer por hora o hotel e fomos dar uma volta na cidade. Fomos até a catedral, que era próximo do hotel. Como estávamos mortos de fome, e o almoço não tinha sido aquelas coisas, fomos procurar o tão falado Mall de Las Américas, onde achamos um Mc Entulho em frente e alí comemos. Demos uma volta no shopping, e voltamos para o carro para irmos a praia Cavancha, que é onde rola o agito da cidade. É uma orla muito bonita, com jardins bem cuidados e um calçadão. Continuando na mesma avenida, encontramos o cassino e alguns chafarizes muito bonitos. Novamente estávamos no dia errado para as baladas, pois na orla tem bastante barzinhos e danceterias legais, só que de segunda-feira, muitas estávam fechadas e outras as moscas. Demos meia volta e fomos dormir. |
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