Pois é… o tempo passa! Mas nesse 1 ano pudemos refletir que realmente esta foi uma viagem inesquecivel e não podemos parar. Estamos na reta final de organizar as fotos e vamos publicar em breve um post com as melhores.
Além disso conseguimos terminar o roteiro planejado e o completado no Google maps. Vejam aqui o resultado
Yeah … time flies! But in that one year we had a chance to reflect that it was really an unforgettable trip and we cannot stop. We are in the final stages of organizing photos and we will shortly publish a post with the best.
We also managed to finish the planned and completed routes on Google maps. See here the result
Artigo no G1: Casal viaja mais de 22 mil km em moto entre Toronto e Alambari
Rafael Padilha e Liliane Santiago moram no Canadá.
Eles devem passar alguns dias de férias com a família no interior de SP.
Do G1 Itapetininga e Região
O casal Rafael Padilha e Liliane Santiago, que mora atualmente em Toronto, no Canadá, chegou neste sábado (21) a Alambari (SP) depois viajarem mais de 22 mil quilômetros em uma motocicleta. A dupla de aventureiros saiu da América do Norte em 1º de novembro para visitar a família e amigos no interior de São Paulo.
O projeto da viagem foi batizado de “TT – TORONTO – TATETU”. Tatetu é o nome de um bairro de Alambari. De acordo com Liliane, que é analista de sistemas, foram 51 dias de viagem. Eles percorreram os Estados Unidos, países da América Central, além da região norte da América do Sul. No Brasil, passaram por vários estados, entre eles Rondônia e Acre.
Durante a viagem, eles fizeram questão de conhecer os locais e fizeram muitas paradas. A aventura também foi relatada diariamente em um blog. A motocicleta usada pelo casal foi uma BMW GS1200. A moto têm três compartimentos que foram usados para o armazenamento de roupas, sapatos e ferramentas.
Aventureiros visitaram a Igreja da Companhia
Jesus, no Peru (Foto: Arquivo Pessoal)
O casal, nascido na região de Itapetininga, vive no Canadá desde 2006. Nestes sete anos fora do Brasil, eles voltaram à região quatro vezes, mas há três anos não visitavam os parentes. Em todas as outras ocasiões, as viagens até então foram feitas de avião.
Rafael conta que foi preciso coragem, disposição e planejamento para uma viagem tão desafiadora. Ele afirma que já fez outras viagens pelas Américas, mas nenhuma delas foi tão longa como esta. “Tiramos férias, pois no Canadá o sistema é bem diferenciado e você consegue ter uma licença maior. Assim, podemos pegar a estrada”, comenta.
O casal conta que em cada região que passaram encontraram particularidades. No Brasil, em especial, tiveram dificuldades devido às más condições das estradas e o grande fluxo de caminhões. Por outro lado, afirmam que encontraram as melhores comidas em restaurantes às margens das rodovias.
Liliane destaca que enfrentaram chuva, frio e estradas de terra. “Na Colômbia, passamos por estradas de terra em meio à mata. Ficamos com um pouco de receio porque tinhamos lido um livro de um motociclista que fez o percurso e ele relatou no livro que teve problemas ao atravessar aquela região. A gente ouve histórias sobre os confrontos pelo tráfico de drogas na Colômbia e isso nos deixou apreensivos. No entanto, passamos tranquilamente. Em outro momento, a nossa motocleta começou a falhar, mas não precisamos interromper a viagem”, comenta.
Em parte do caminho, em Lima, no Peru, o casal teve companhia: o pai de Liliane, Antônio José Santiago, seguiu de carro com a esposa e um casal de amigos de Alambari para encontrar a filha e o genro em terras peruanas. Ele conta que rodou aproximadamente 12 mil quilômetros entre ida e volta. Distância bem menor que a percorrida pelo viajante da moto.
Na chegada da dupla à região, amigos e parentes fizeram uma surpresa. Um grupo de 15 motociclistas seguiu até a região de Botucatu (SP) para encontrar o casal sem que eles soubessem. Assim, formaram um comboio até o sítio da família no bairro Tatetu. Rafael afirma que ficou emocionado e não conseguiu conter as lágrimas.
O casal volta para o Canadá depois do Ano Novo. No entanto, eles seguem viagem usando os meios de transporte “convencionais” para uma viagem de longa distância: Rafale e Liliane voltam para a casa de avião. Enquanto isso, a moto será mandada para o país de origem de navio.
‘Coisa’ de família
Esta não é a primeira viagem de motocicleta do casal. Eles já percorreram outras regiões em companhia de um grupo de amigo, incluindo o pai de Liliane.
Santiago conta com orgulho que o gosto por viagem da família está ligado a ele. Ele já percorreu diversos países de moto. No início de 2013 esteve no Peru. Em 2012, também de moto, esteve no Uruguai, Chile e Paraguai. “Tenho três filhas, e todas gostam de aventura, de curtir a natureza. A Liliane casou com o Rafael que também gosta e aí agregou à família”, comenta o pai.
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2013/12/casal-viaja-mais-de-22-mil-km-em-moto-entre-toronto-e-alambari.html publicada em 22/12/2013 12h49
Artigo no Rock Riders: Casal viajou de Toronto/Canadá até Alambari/São Paulo
Rafael e Liliana viajaram mais de 22 mil km em 51 dias de viagem…
O casal Rafael Padilha e Liliane Santiago, que mora atualmente em Toronto, no Canadá, chegou neste sábado (21) a Alambari (SP) depois viajarem mais de 22 mil quilômetros em uma motocicleta. A dupla de aventureiros saiu da América do Norte em 1º de novembro para visitar a família e amigos no interior de São Paulo.
O projeto da viagem foi batizado de “TT – TORONTO – TATETU”. Tatetu é o nome de um bairro de Alambari. De acordo com Liliane, que é analista de sistemas, foram 51 dias de viagem. Eles percorreram os Estados Unidos, países da América Central, além da região norte da América do Sul. No Brasil, passaram por vários estados, entre eles Rondônia e Acre.
Aventureiros visitaram a Igreja da Companhia
Durante a viagem, eles fizeram questão de conhecer os locais e fizeram muitas paradas. A motocicleta usada pelo casal foi uma BMW GS1200. A moto têm três compartimentos que foram usados para o armazenamento de roupas, sapatos e ferramentas.
O casal, nascido na região de Itapetininga, vive no Canadá desde 2006. Nestes sete anos fora do Brasil, eles voltaram à região quatro vezes, mas há três anos não visitavam os parentes. Em todas as outras ocasiões, as viagens até então foram feitas de avião.
Rafael conta que foi preciso coragem, disposição e planejamento para uma viagem tão desafiadora. Ele afirma que já fez outras viagens pelas Américas, mas nenhuma delas foi tão longa como esta. “Tiramos férias, pois no Canadá o sistema é bem diferenciado e você consegue ter uma licença maior. Assim, podemos pegar a estrada”, comenta.
O casal conta que em cada região que passaram encontraram particularidades. No Brasil, em especial, tiveram dificuldades devido às más condições das estradas e o grande fluxo de caminhões. Por outro lado, afirmam que encontraram as melhores comidas em restaurantes às margens das rodovias.
Liliane destaca que enfrentaram chuva, frio e estradas de terra. “Na Colômbia, passamos por estradas de terra em meio à mata. Ficamos com um pouco de receio porque tinhamos lido um livro de um motociclista que fez o percurso e ele relatou no livro que teve problemas ao atravessar aquela região. A gente ouve histórias sobre os confrontos pelo tráfico de drogas na Colômbia e isso nos deixou apreensivos. No entanto, passamos tranquilamente. Em outro momento, a nossa moto começou a falhar, mas não precisamos interromper a viagem”, comenta.
Em parte do caminho, em Lima, no Peru, o casal teve companhia: o pai de Liliane, Antônio José Santiago, seguiu de carro com a esposa e um casal de amigos de Alambari para encontrar a filha e o genro em terras peruanas. Ele conta que rodou aproximadamente 12 mil quilômetros entre ida e volta. Distância bem menor que a percorrida pelo viajante da moto.
Na chegada da dupla à região, amigos e parentes fizeram uma surpresa. Um grupo de 15 motociclistas seguiu até a região de Botucatu (SP) para encontrar o casal sem que eles soubessem. Assim, formaram um comboio até o sítio da família no bairro Tatetu. Rafael afirma que ficou emocionado e não conseguiu conter as lágrimas.
O casal volta para o Canadá depois do Ano Novo. No entanto, eles seguem viagem usando os meios de transporte “convencionais” para uma viagem de longa distância: Rafale e Liliane voltam para a casa de avião. Enquanto isso, a moto será mandada para o país de origem de navio.
‘Coisa’ de família
Esta não é a primeira viagem de motocicleta do casal. Eles já percorreram outras regiões em companhia de um grupo de amigo, incluindo o pai de Liliane.
Santiago conta com orgulho que o gosto por viagem da família está ligado a ele. Ele já percorreu diversos países de moto. No início de 2013 esteve no Peru. Em 2012, também de moto, esteve no Uruguai, Chile e Paraguai. “Tenho três filhas, e todas gostam de aventura, de curtir a natureza. A Liliane casou com o Rafael que também gosta e aí agregou à família”, comenta o pai.
Engraçado que hoje nossos pais estavam totalmente sem pressa para sair do hotel, sem pressa para o café da manhã, sem pressa para nada! Aí tem coisa… desconfiamos que estavam aprontando alguma.
Saímos de Botucatu por volta das 9:30 da manhã, nunca tínhamos saído tão tarde. Pegamos a estrada e em um certo posto de combustível no caminho nossos pais pararam com o carro. Como estávamos na frente passamos a entrada do posto, mas logo paramos e resolvemos voltar.
Quando voltamos foi aquela surpresa. Nossos parentes e amigos do Pegaso Moto Club de Itapetininga estavam todos de moto nos esperando… Quanta emoção!!! Não pudemos conter as lágrimas. Que surpresa maravilhosa!!! Eram mais de 15 motos, todos aguardando a nossa chegada e a partir deste ponto seguiriam conosco até o nosso destino final – Tatetu. Alguns amigos de carro nos acompanharam também. Amigos que vieram de longe para compartilhar este momento tão importante de nossas vidas.
Não temos palavras para descrever a emoção que sentimos. A vontade era imensa de chegar e ainda com um apoio desses… inesquecível. Este dia ficará marcado em nossas memórias para sempre! Foi lindo e emocionante. Que turma boa, verdadeiros amigos.
Mas não parou por aí. Quando estávamos chegando no trevo de Alambari a Rede Globo representada pela TV TEM estava nos aguardando. Mais surpresa… Era alegria demais. A TV nos seguiu até o sítio de meus pais, Antonio Santiago e Maria Elisa onde tiramos várias fotos, nos filmaram e demos entrevista contando um pouquinho de nossas experiências.
Parecia um sonho, um conto de fadas… mas não, tudo era a mais pura realidade.
A partir daí foi só festa, encontramos com parte da família que também nos aguardavam, irmãos, cunhados, sobrinhos e avós. Precisamos pedir mais???
Deixamos aqui o nosso sincero agradecimento. Em especial aos nossos pais que nos apoiaram e também acompanharam em parte desta aventura. Agradecemos muito todos vocês que de uma forma ou outra nos acompanhou e torceu para que completássemos esta jornada. Um sonho que foi transformado em objetivo e que agora é uma realidade. O nosso muito obrigado.
Voltaremos aqui para colocar as fotos dos dias que faltaram e para fazer um resumo da viagem. A nossa intenção é de ajudar aqueles que também sonham… Acredite, o seu sonho pode ser transformado em realidade, basta lutar!
Mais uma vez muito obrigado!!!
Km: 896 – Sâo Gabriel do Oeste, MT – Botucatu, SP Tempo: sol, chuva esporádica, calor e muito, mas muito calor Temperatura: min de 19 e max de 37.5
Saímos cedo do hotel em São Gabriel do Oeste. A vontade de chegar logo está apertando, parece que quanto mais perto estamos temos a sensação de estarmos tão longe… Só pode ser a vontade de chegar logo. As estradas melhoraram e muito! Os buracos sumiram e apenas alguns trechos não estão em boas condições, mas no geral está tudo ótimo perto das estradas que passamos ontem.
Pegamos um calor insuportável quando passamos por Três Lagoas, 37.5ºC. Ainda bem que tínhamos nos molhado no posto quando paramos para abastecer. Jogamos bastante água nas jaquetas e calças. Foi o que nos salvou. Assim que cruzamos o estado de São Paulo tudo melhorou. O calor já não era insuportável e a estrada está em ótimas condições. Nenhum buraco, estrada bem sinalizada e o trânsito de caminhões diminuiu consideravelmente. Os pedágios apareceram novamente depois de tanto tempo na estrada e não são poucos. Viva o Estado de São Paulo!!! Que diferença.
Chegamos em Botucatu e fomos achar um hotel. A cidade não tem muitas opções de hotel mas achamos um até que razoável para descansar o esqueleto. A vontade de chegar é grande demais. Se estivéssemos só eu e Rafael teríamos seguido até o Tatetu, mas nossos pais acharam melhor dormirmos por aqui. Estamos contando as horas… Tatetu nos espera!!! A emoção é grande.
Hoje também celebramos uma importante etapa de nossa viagem… 20,000 km rodados! Claro que paramos para tirar fotos!
Km: 875 – Cáceres, MT – São Gabriel do Oeste, MS tempo: sol, chuva esporádica temperatura: Minima 22 Maxima: 32
Saímos cedo de Cáceres, temos muita estrada pela frente. O calor continua por esses lados e bastante chuva esporádica, o que é até bom pois assim refresca. 🙂 Quando paramos nos postos de gasolina até jogamos água em nossas roupas para refrescar um pouco, o pessoal do posto acha que somos doidos.
Hoje paramos para trocar o pneu traseiro da moto em Varzea Grande, o pneu foi comprado em Lima, Peru e só agora estamos trocando. As estradas pioraram muito e além do mais muita chuva, então não queremos arriscar. Segurança em primeiro lugar. Hoje fizemos o pior trecho de estrada de toda viagem: de Cuiabá até passar Rondonópolis. Muito caminhão, muito buraco, um trânsito maluco. Existe buraco até nas lombadas. Uma vergonha. Sentimos dó dos caminhoneiros, que sufoco passar por essa estrada… Horrível.
Estávamos desesperados para passar Rondonópolis, parece que o tempo parou e aquela loucura de caminhões e trânsito nunca iria acabar. Não rendia, foi cansativo demais. Ficamos imundos pois colocar a capa de chuva era impossível devido ao calor e a estrada com muito barro, fuligem de caminhões, água de tanta chuva… estávamos marrom de tanto barro.
Passando Rondonópolis a estrada melhorou bastante. Ainda não 100%, mas já bem melhor. A intenção era de chegar até Campo Grande mas devido ao péssimo trecho de viagem não conseguimos. Estávamos moídos. Não aguentávamos rodar nem mais 1 km. Saímos para jantar e logo dormimos pois estamos muito cansados.
Km: 872 – Ji-Parana, RO – Cáceres, MT
Tempo: sol, muito calor, chuva
Temperatura: min de 24 e max de 34
Hoje saímos as 6:50 da manhã do hotel de Ji-Parana já com muito calor logo de manhã.
As estrada muito ruim, muitos buracos e alguns trechos sem asfalto.
Fazendo este trajeto conhecemos mais dois estados do Brasil, Acre e Rondônia. Faltam poucos para completar a lista de estados visitados. Muita fazenda, muito gado, muita plantação de soja e muito desmatamento. Inacreditável como ainda o desmatamento é forte por esses lados, triste realidade.
Muitos caminhões na estrada também, incrível o movimento nas estradas do Acre e Rondônia. Desde que saímos do Canadá, o Brasil é o único país com um movimento intenso de caminhões nas estradas.
Algo interessante é a quantidade de restaurantes e opções para comer no Brasil. Muitos restaurantes na beira da estrada, tudo que falta no Peru sobra aqui no Brasil. Quantas opções…
Seguimos até a cidade de Cáceres debaixo de um calor insuportável e aqui vamos repousar.
Km: 875. Rio Branco – Ji-Parana
Tempo: sol, muito calor, muita chuva esporádica
Temperatura: min de 24 e max de 33
Hoje uma pessoa muito especial fica mais velha. Nossa querida Vivi. Viviane, todos nos desejamos muita saúde e muito sucesso sempre!!!
Saímos cedo de Rio Branco com muito calor. A estrada bem ruim com muitos buracos, exige muita atenção.
A sensação de estar em casa é incrivel, não importa a cidade e o hotel que você escolha, pode ser simples ou mais sofisticado que o bom café da manhã está sempre presente. Sempre com frutas, sucos naturais, pães, bolos… Este é o nosso Brasil.
Cruzamos o Rio Madeira de balsa que divide o estado do Acre e Rondônia. Também bem próximo da divisa com a Bolívia. A travessia em si durou cerca de 10 minutos, a balsa bem grande e caminhões enormes também cruzam na mesma balsa.
As estradas continuam em péssimas condições. Outro fato interessante do Brasil: desde que saímos de Toronto o Brasil é o único país aonde existem obras inacabadas. Inacreditável, viadutos enormes todos inacabados. Muito triste.
Existem muitas fazendas de gado por esses lados, gados à perder de vista.
Hoje também choveu bastante, mas estava tão calor que decidimos tomar chuva, mesmo porque uma chuva tão quente que acabou só ajudando a dar uma refrescada. Até brincamos que é o ar condicionado da moto.
Acabamos chegando em Ji-Parana a noite, foi cansativo demais, estrada ruim e muito calor.
Saímos para jantar com o Adriano e Liane em um restaurante muito bom. Agradecemos aos dois pela companhia.
Km: 805 Quince Mil, Peru – Rio Branco, Acre
Tempo: Nublado pela manhã com um pouco de chuva. Sol a tarde com pancadas fortes e rápidas de chuva
Temperatura: min de 21 e max de 33
Choveu a noite passada inteira, a umidade é incrível por esses lados. A quantidade de chuva batendo no telhado do super hotel que ficamos nos fez acordar bem cedo. Antes de partir fomos verificar se a estrada estava realmente livre e se era possível passar com o carro e a moto. Um caminhoneiro informou que a estrada já estava livre e que o caminhão atolado de ontem já foi retirado. As 6:50 da manhã já estávamos na estrada e é óbvio que sem café da manhã.
Seguimos em frente, estávamos apreensivos até passar a área do desmoronamento. A estrada que vai da cidade de Urcos até Mazuko é linda demais, mas ao mesmo tempo muito perigosa ainda mais com toda esta chuva. Perdemos as contas de quantos desmoronamentos passamos. A estrada só tem curvas então para completar 100km demora muito ainda mais com a quantidade de paradas obrigatórias devido aos trabalhadores tirando todas as pedras e terra da estrada. Ao mesmo tempo que é impressionante também é assustador ver aqueles paredoes de pedras e terra caindo e praticamente cobrindo todo os asfalto da estrada. Sai de baixo…
Passamos por alguns povoados e nada de achar algo para comer. Como o Peru é ruim em questão de recursos. É muito difícil achar algo tão básico para comer. Sem outra opção seguimos em frente e achamos algo um pouco mais decente só na cidade de Puerto Maldonado mas isso já era umas 11:30 da manhã, então já logo almoçamos ao invés de tomar café da manhã. Estávamos azul de fome…
Continuamos até a fronteira Peru-Brasil, Aduana da cidade de Assis Brasil, Acre. Na verdade estávamos contando os minutos para esta fronteira, é uma sensação engraçada e não dá para explicar. Desde que moramos no Canadá visitamos o Brasil sempre chegando de avião, desta vez bem diferente, chegamos por terra e ainda por cima temos a sensação de um grande sonho realizado. Chegar ao Brasil de moto foi um grande sonho que hoje se tornou uma grande realidade. Sensação de conquista!!! Inexplicável.
Na fronteira tudo foi bem tranquilo e rápido, fizemos nossa saída no Peru e entrada no Brasil. Lar doce lar… 🙂
Ao pisar em solo brasileiro você já sente o calor humano, as pessoas conversam, sempre querem ajudar. Ahhh como é bom se sentir em casa.
A estrada muito ruim logo após que entramos no Brasil, com muitos buracos e alguns trechos nem asfalto tinha. Continuamos até Rio Branco onde encontramos um hotel e aqui vamos passar a noite.
E que calor que faz por aqui!!!
Km: 383. Cusco – Quince Mil
Tempo: sol de manhã e à tarde nublado com muita chuva
Temperatura: min de 4 e max de 23
Acordamos cedo, tomamos nosso café da manhã e já logo estávamos prontos de partida.
Saímos de Cusco e passamos para conhecer algumas ruínas da região. Seguimos até Pisac aonde também visitamos o parque arqueológico nacional de Pisac. Muito interessante, contratamos um guia e com isso andamos por volta de 2 horas para conhecer um pouco mais da história Inca.
Saímos de Pisac e seguimos em direção a Mazuco e a intenção era de dormir em Puerto Maldonado.
Hoje mais uma vez subimos a uns 4900 e estava bastante frio. A estrada do Pacífico é lindíssima, com curvas deliciosas e tudo novo, foi concluída somente em Dezembro de 2010. A estrada faz parte de uma iniciativa do governo Brasileiro e Peruano de interligar o norte do Brasil com o oceano Pacífico. A estrada tem um asfalto excelente e muitas curvas pois é basicamente o caminho de terra asfaltado. Nota-se que não fizeram nenhuma mudança na estrada, apenas asfaltaram a estrada de terra que já existia.
Devido ao fato de passar por região montanhosa e ser uma estrada nova existem sempre muito desmoronamentos e desta vez não demos sorte. O plano era de dormir em Mazuco, porém a natureza não quis pois houve um desmoronamento a uns 40km de Quince Mil, quase chegando em Mazuco. No local tinha um caminhão atolado e o pobre do motorista tentando tirar este. Como estava escurecendo, ficamos um pouco por ali avaliando nossas opções rodeados por nativos todos parados também esperando para poder passar. Incrível como faltam recursos no Peru, a estrada estava fechada devido ao desmoronamento e não existe nenhum número para você chamar pedindo ajuda. A chuva começou a piorar, Rafa foi tentar ajudar o caminhoneiro a tirar o caminhão atolado mas sem ferramentas fica difícil. O barro e a quantidade de água parada era bastante.
Tudo indicava que pelo jeito a estrada seria liberada apenas no dia seguinte então, decidimos voltar para Quince Mil e tentar achar um hotel na cidade.
Em Quince Mil, uma cidade quase de uma rua só – a rodovia! Olhamos uns hotéis mas tudo muito ruim. Fomos em um mais afastado e tiveram a coragem de pedir 90 novo soles por pessoa. Isso equivale a 33 dólares para ficar em um hotel afastado e sabe-se lá as suas condições! Acabamos ficando no hotel menos pior, mas ainda assim com banheiro compartilhado, banho frio e quartos bem ruins. Não tínhamos outra opção, mas a situação nos proporcionou boas risadas.
Fomos trocar dinheiro e ficamos sabendo que a economia da cidade é baseada na extração de ouro. Paramos para comer um frango em um dos poucos restaurantes abertos e tomamos muita cerveja para poder dormir bem. Tivemos que esperar a forte chuva parar antes de retornar para o hotel.
Km: zero. Machu Picchu
Tempo: nublado, sol, chuva fraca, chuva forte
Temperatura: min de 8 e max de 20
Madrugamos!!! Isso mesmo, hoje madrugamos. Acordamos as 2:15 da manhã pois a Van que vai nos levar até Ollantaytambo chegou para nos pegar as 3:00 da manhã. Pegamos a Van e seguimos de Cusco até a cidade de Ollantaytambo. De lá pegamos o trem que vai até Águas Calientes. De Água Calientes pega-se outro ônibus que nos levou até Machu Picchu, conhecida também pela cidade perdida dos Incas.
Chegamos em Machu Picchu e logo tivemos que ir em direção a entrada do Wayna Picchu pois subiriamos a montanha. Nosso horário para subir a montanha era das 7 até as 8:00 da manhã. A entrada é controlada e não sobe se perder o horário da reserva. Somente 400 pessoas sobem o Wayna Picchu por dia.
No total foram quase 3 horas entre subida, descida e tempo para apreciar a beleza do lugar.
Não tem como descrever ou explicar. Fotos não mostra a beleza e a imensidão. Machu Picchu, se você ainda não conhece tenha a certeza de que um dia irá conhecer, é lindo demais. A vista que temos de toda a cidade do alto do Wayna Picchu é algo inexplicável.
Somos tão sortudos que subimos a montanha e por alguns minutos as nuvens se foram, o que nos proporcionou uma vista maravilhosa. Muito cansativo mas extremamente compensador. Quando você está lá no topo do Wayna Picchu você esquece do esforço físico. Não há palavras, fotos, não existe nada que possa descrever a beleza.
A chuva começou quando já estávamos descendo a montanha. Logo após a descida, estávamos com fome e resolvemos comer o lanche que levamos para darmos continuidade ao passeio. Contratamos um guia para que pudéssemos aprender mais sobre toda a história de Machu Picchu.
Andamos por duas horas e meia com o guia por toda a cidade perdida dos Incas. Indescritível!!!
Os olhos não paravam de admirar tamanha beleza. Mesmo com a chuva insistente aproveitamos muito.
Após a visita guiada nossos pais resolveram voltar para Águas Calientes para esperar o trem. Eu e Rafa fomos explorar um pouco mais de toda a cidade de Machu Picchu. Fizemos uma outra caminhada até a ponte dos Incas.
Valeu cada segundo. Machu Picchu é muito impressionante. Voltamos com o trem Skydome, o qual tem-se uma vista bem melhor, além do serviço em si. E ainda eles fazem uma apresentação dentro do trem para descontrair os turistas, muito legal.
Era por volta das 9:30 da noite quando chegamos de volta a Cusco, mortos de cansados mas realizados e agradecidos pela oportunidade.
Dia fechado com chave de ouro!