Chegamos na lanchonete do posto, paramos a moto e como sempre éramos
a atração do lugar. Tiramos a mala de tanque da moto
e colocamos junto com os capacetes, as luvas e as jaquetas em cima
de uma mesa com as cadeiras em volta.
Um cara resmunga para nos que
era para não ficarmos ali pq tinha acabado de acontecer um
tiroteio. Achamos que era um bêbado qualquer e não demos
bola. Ficamos ali. Quando o Rafael volta do banheiro um senhor me
pergunta se o Rafael era americano, ai eu disse que não. Então,
o senhor perguntou se eu falava o português e eu disse que sim.
Depois o senhor nos explicou o acontecido: "o tiroteio".
Disse que tinha alguns rapazes
sentados nas cadeiras em volta da mesa que estávamos usando
para colocarmos as nossas coisas e de repente chega um cara atirando
em um dos rapazes que estava na mesa. Quando olhamos a cadeira, ela
estava cheia de furos da bala.
O senhor da lanchonete ficou
com medo de ficarmos ali porque ainda tinham pessoas na lanchonete
que estavam com o cara que foi baleado. Agradecemos o aviso, tiramos
nossas coisas e partimos. O chão estava cheio de sangue.
Seguimos até Porangatu-GO
após andamos 101kms as 14:10hs. Que calor! De Porangatu até
divisa dos estados de Goiás e Tocantins deu mais 78 km. Paramos
para tirarmos a foto clássica na divisa de estado. Seguimos
mais 151km até Figueiropolis-TO, onde as 16:00hs paramos para
beber água e amenizar o calor!!!
Tradicional
foto na divisa de estado
Chegamos em Aliança do Tocantins as 17:30 hs, abastecemos no
posto da estrada e resolvemos dormir em Aliança mesmo. Que
loucura, a Liliane não agüentava mais, estava exausta.
O calor consome demais. Pegamos um pedaço de estrada ruim,
foi muito cansativo.
O Rafael até seguia
mais, mas achamos melhor não arriscar. Pegaríamos um
pedaço à noite sem conhecer a estrada. Não teria
necessidade. Achamos um hotel mofento em Aliança do Tocantins
(o único da cidade) a R$ 25,00 a diária do casal com
café da manha. O quarto estava com muito mofo, mas não
tínhamos outra opção. Tomamos aquele banho e
fomos jantar no posto da estrada. A única opção
da cidade que tinha 6 ruas e 1 hotel. No posto não tinha nada
decente para se comer, eu comi um pastel que era só óleo
e o Rafael fez um acordo com a moca do restaurante e comeu só'
salada. Não dava para encarar a comida...
Chupamos um sorvete e fomos
dormir no mofento. Muito calor à noite. Dormimos com o ar ligado
a noite toda.
Dia
Anterior | Próximo
dia
|