Andamos 5 km a pé debaixo de muito sol e areião
muito fofo. Chegamos exaustos. Mas como sempre, a vista compensa qualquer
esforço... É lindo ! Quando avistamos as Dunas não
acreditamos, parecia miragem !!! Vimos o pôr-do-sol, mais do
que maravilhoso.
Por sorte, encontramos com um casal que foram ver
o pôr-do-sol com a guia da Pousada Planalto, de Ponte Alta,
pegamos carona com eles até a moto, mas no caminho o pessoal
da Pousada do jalapão viu a moto parada na estrada principal
e resolveram nos resgatar. Ficamos contentes pelo cuidado e agrademos.
Sentimos a quanto uma caminhonete 4X4 sofre para passar naquele areão.
Pegamos a moto à noite e pé na estrada.
As
dunas do Jalapão, com a serra do espirito santo ao fundo. Notem
a perfeição do vento esculpindo a areia
Que estrada ! Muitos poços com um talco marrom.
A estrada era até que boa e de uma hora para outra você
caia dentro daqueles poçoes com areião marrom. Passamos
cada susto. Em um dos poços a moto atolou, simplesmente o areião
cobriu a roda traseira da moto. Liliane desceu da moto e cavocou com
a mão para liberar a roda, mesmo assim não saía,
aí começamos a forçar a moto um pouco para frente
e um pouco para trás. Até que conseguimos tirar a moto.
Em outro poção de areia o Rafael passou
bem, mas quando saiu para terra firme, a perna dele estava tão
mole que ele não conseguiu segurar a moto e então a
moto cai com tudo no chão. Que susto! Corri para ajudar a erguer
a moto. Erguemos com um certo esforço. O cansaço era
tão grande e a cabeça não raciocinava mais, tanto
que o Rafael esqueceu de colocar o pezinho na moto e a moto cai do
outro lado com tudo. Mais um susto! Sofremos mais uma vez para erguer
a moto. Mas tudo bem, não aconteceu nada de mais, só
o susto mesmo. Andamos mais um trecho, sempre com a estrada em péssimas
condições.
O guia da Pousada do Jalapão havia nos informado
que até o pé do morro das Dunas os poções
de areia ainda existiam. Estávamos tensos, queríamos
que tudo isso acabasse logo. No caminho ainda para Mateiros vimos
ate cobra. Em uma bifurcação tivemos que recorrer ao
GPS, pois do contrário teríamos tomado a estrada velha
que percorre um trecho maior e está muito pior. Um outro detalhe
são as pontes que também estão em péssimas
condições.
Quando avistamos as luzes da pequena cidade não
acreditávamos. Chegamos em Mateiros às 20:00hs, cansados,
sujos e com muita fome após ter percorrido os 30 km mais dolorosos
de toda viagem.
O
nosso estado após os piores 30km de estrada.
Tomamos um banho de 1 hora e meia, aproveitamos para
lavar as coisas, o caldo que escorria era marrom e tingiu algumas
roupas. Saímos para jantar em um restaurante na entrada da
cidade. Voltamos e dormimos cobertos com o mosquiteiro, senão
os pernilongos nos carregariam.
Dia
Anterior | Próximo
dia
|