Jalapão

 

Jalapão 2003
Resumo
Diário de Bordo

14/Agosto/2003 - quinta-feira
Jalapão (Mateiros-TO - São Felix do Jalapão-TO)


Km inicial: 30126 km
Km final: 30218 km
Km percorrida: 92 km
Condição de tempo: sol e muito calor

As 8:30 hs estávamos de pé e tomamos o super café da manhã, composto por pão seco e café com leite. Aproveitamos para depois para conhecer Mateiros e comprar o artesanato feito de capim dourado também fomos ao mercadinho de Mateiros comprar algumas laranjas, bolachas e água.

Abastecemos em um posto super moderno: Era a casa do tio onde ele tinha garrafas PET de 2 litros com gasolina. Pagamos uma bagatela de R$ 3,00 pelo litro da gasolina. Uma pechincha!!! Mas não tínhamos opção: ou era aquilo ou não sairíamos dali. Arrumamos as coisas na moto e seguimos para o Fervedouro e no caminho nos deparamos com o areião bravo.

Mais uma vez Liliane teve que seguir alguns trechos a pé. Chegamos por volta das 11:00 depois de termos percorrido 24 km. Ah fervedouro, é difícil de explicar. Mas você flutua como se tivesse alguém empurrando você. Muito legal e interessante e realmente vale a pena. O Rafael não queria mais sair da água, ainda mais que a água estava morna e pena que aqui também os mosquitos não davam trégua.

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O fervedouro... ahhh... é muito bom!!!

Saímos do Fervedouro as 13:00 e seguimos para Cachoeira do Formiga que se encontra a 7 km. A estrada simplesmente horrível, muita areia solta, aquela areia de praia, fofa, fofa. Claro que a Liliane teve que andar mais algumas vezes a pé. Estávamos indo com a moto normalmente quando avistamos alguns metros da estrada com areia muito fofa. O Rafael não parou, engatou a primeira marcha e foi. Infelizmente desta vez não fomos felizes, caímos e por azar a moto caiu em cima da perna da Liliane fazendo com que ela não conseguisse sair debaixo da moto. Tivemos o seguinte fialogo entre Liliane e Rafael. (Detalhe, a Liliane com a moto em cima da perna dela, falando de forma super calma)

Liliane : Pê, a moto está em cima da minha perna
Liliane : Pe, não consigo tirar, esta' prendendo.
Rafael : Vou levantar a moto
Liliane : Pê, a moto está esmagando minha perna

Entao, o Rafael conseguiu forcas não se sabe de onde, ergueu a moto e a Liliane tirou a perna. Simplesmente ele largou a moto no chão novamente, pois está é muito pesada para erguer completamente sozinho. Em seguida, nos dois erguemos a moto.

Já fazíamos isso com uma certa pratica, contávamos até três e a moto estava em pé.
Seguimos mais alguns quilômetros e quando vimos outro areião consultamos o GPS e vimos que faltava pouco, por isso resolvemos não seguir com a moto, chega de abusar da sorte.

Tivemos que mais uma vez deixar a moto no meio do caminho e seguirmos a pé. Estávamos bom nisso... Fora as milhares de encruzilhadas sem placas, se não fosse o GPS teríamos que adivinhar qual seria o caminho. Chegamos na Cachoeira da Formiga eram 14:50 hs. Que maravilha! É simplesmente linda! Nunca vimos água tão limpa. Todo o sofrimento é recompensado com a visão que temos. Não reclamamos para entrar na água, era deliciosa.

 
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A espetacular e cristalina cachoeira da formiga.

Ficamos bastante na água mas tínhamos que seguir em frente. Arrumamos tudo e quando estávamos saindo do local o caseiro nos cobra R$ 5,00 por pessoa. Obvio que o Rafael falou montes para o rapaz e eu avisei que pagaria no máximo 5,00 por nos dois, dada as péssimas condições da estrada e a total falta de sinalização.

O rapaz aceitou. A Liliane ainda perguntei para o rapaz se ele nos ajudava a chegar até a estrada com a moto. Obvio que não ajudaria, disse que tinha que ficar no local.
Durante o caminho da volta Rafael caiu mais uma vez com a moto e desta vez este estava sozinho. Ele ficou esperando a Liliane para ajudar a levantar a moto, pois ela estava vindo atrás a pé ainda mais que ela ficou com medo depois do ultimo tombo e estava com a perna doendo um pouco.

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O Rafael com a moto caída no último tombo da viagem, esperando a Liliane para levantá-la.

Pegamos a estrada para São Felix do Jalapão-TO eram 16:20 hs. No caminho, algumas pontes destruídas ou quase caindo. Passamos por dois riachos sem ponte, ou seja no meio d'água. Só emoção!

O primeiro riacho que passamos a Liliane desceu da moto e foi verificar o melhor lugar para o Rafael passar com a moto onde era mais raso. Sem problemas, passamos mais este obstáculo. No segundo riacho que tínhamos que passar por dentro da água o Rafael achou que era raso e seguiu em frente. Quando vimos era fundo, a frente da moto afundou e levantou novamente, passamos como um tiro de canhão. Que susto, mas foi legal! Estávamos gostando...

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O primeiro rio que cruzamos, esse ainda era razinho... e o estado da Liliane após ver o nosso "quarto" da pousada de São Felix do Jalapão.

Mais à frente a estrada estava razoável com alguns trechos em manutenção com maquinas na pista, alguns desvios faroestes (aqueles desvios horríveis com areia fofa, pois o pessoal tinha acabado de fazer o desvio). Chegamos em São Felix às 18:30 após 59 km percorridos da Cachoeira da Formiga. Mais uma vez chegamos muito cansados.

Ficamos na única pousada de São Felix onde o banheiro era compartilhado o quarto tinha a parede de tijolo baiano com alguns furos gigantes que dava para ver o outro cômodo vizinho, teto sem forração, chão no contra-piso, sem fechadura, fio de luz passando de um lado para outro, enfim, ou era isso, ou nada. Preferimos isso.

Para melhorar um pouco e abaixar a poeira no quarto a moca da pousada, que sempre foi muito atenciosa e fazia de tudo para que ficássemos bem, começou a jogar água no chão de cimento dentro do quarto. Assim não respiraríamos tanto pó.

Tomamos banho, gelado obvio, num banheiro que não dava coragem nem de encostar o coitadinho do chinelo no chão. Um horror! Em seguida, comemos um lanche na praça. Antes de dormir abastecemos em São Felix, o posto estilo velho-oeste, inclusive o dono. Só tinha as bombas no posto e o litro da gasolina custava apenas R$ 3,03. O preço mais caro de toda viagem. Isso porque era no posto.

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