Triângulo na América |
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01/Fevereiro/2001
- quinta-feira Saímos 8:45hs do hotel depois de um dos melhores banhos (apesar de não ter sido tão bom assim). Arrumamos o carro e conhecemos os morros que circundam o centro de Arica. São lugares históricos que lembram as batalhas do Chile. Deixamos a cidade após mais algumas fotos (mesmo por que não tínhamos mais nenhum peso chileno) às 10hs e seguimos para a fronteira com o Peru que está a menos de 15 km ao norte do centro da cidade. A Panamericana continua boa e o sol esquentando bastante. As 10:30hs já estávamos na fronteira com o Chile. Muito grande e organizada (apesar da fila que tivemos que enfrentar para apresentar a documentação. Para entrar com o carro no Chile, é preciso comprar um formulário por US$0,50 no pasteleiro que fica na divisa para poder passar. Ficamos muito revoltados com isto pois em nenhuma outra divisa foi preciso gastar nada para entrar no país… Após meia hora de burocracia, chegamos ao Peru. A divisa fica no meio do deserto, no meio do nada! Só comparando a divisa do Chile com o Peru, já se sente a diferença entre os países. Enquanto a primeira é mais moderna e organizada, a segunda é escura e com funcionários nem um pouco interessados em te ajudar. A desinformação é tanta que não se sabe quais são os procedimentos para passar pela fronteira – só se descobre quando já estamos pelo portão final - aí é voltar e ver o que tem mais para se fazer. A tendência agora é ter que tomarmos mais cuidados. Já nos disseram que devemos tomar mais cuidados com o carro, não deixando na rua e tomando o cuidado de não abrir as janelas nas ruas das cidades (até por termos placas de Brasil) – mas acho que nada muito diferente do que já vivemos em São Paulo. Até as pessoas que estavam circulando pela Aduana nos comentaram isto! Confesso que cheguei a ficar preocupado. Aí veio a pior notícia: O Rafael não conseguia aprovar a entrada do carro ao Peru pois ele não estava em nosso nome. Fomos falar com o chefe da Aduana e, mesmo assim, não foi possível convencê-lo pois era uma instrução que ele tinha por escrito. Depois de tudo que tinha ouvido falar e depois desta péssima impressão do país somente pela Aduana, preferimos voltar para o Chile e fazer nossa volta mais curta e por outro lugar (ainda passando pela Bolívia). Até para ir no único banheiro da região, tinha-se que pagar: sai sem pagar nada e sem notar a senhora que ficou gritando dizendo que precisa pagar para usar o banheiro!!! 12:38hs e ainda estávamos na aduana pois o Rafael tentava convencer o jefe local… São 15 hs e ainda estamos tentando entrar no Peru. Estamos voltando para Arica, no Chile para conseguir o libreto de paso, necessário para conseguir a entrada com o carro no nome de terceiro no Peru. O jefe da aduana do Peru demorou apenas 3 horas para digitar uma carta contendo o que havia acontecido pois comentamos que a carta de autorização do Consulado do Peru em São Paulo seria suficiente (inclusive de acordo com as informações que o próprio consulado do Peru nos passou). Esta carta é timbrada e assinada pela GM e está com a assinatura com reconhecimento de firma do Consul Geral do Peru no Brasil. Ficamos revoltados com a situação, apesar de termos sido bem atendidos (a menos da demora de 3 horas para se digitar a carta) pois nunca faltaram com o respeito a nós. Tentamos de toda forma entrar, explicando que tentamos o procedimento correto para entrar no Peru, chegamos a falar se era necessário falar com Alberto Fujimori para saber como entrar com o carro. Fizemos de novo todo o procedimento para entrar no Chile e fomos para Arica tentar o passe. Hoje com certeza foi dia para gastarmos nas fronteiras. Por toda a sorte e rapidez que tivemos até agora estamos pagando com o dia de hoje… O mais interessante é que, na entrada da Argentina e do Chile, não nos foi pedida nenhuma autorização por parte da GM pelo fato do carro estar no nome dela. Já na volta do Peru, foi nos pedido de novo a autorização para entrarmos. Se não fosse permitida esta entrada teríamos que deixar o carro em algum lugar entre as duas fronteiras pois em nenhum dos dois países poderíamos entrar! Por fim, depois de revistarem o carro inteiro e passarmos algumas das malas pelo raio X, passamos pela fornteira de volta para Arica. Voltamos para Arica e encontramos a representação do Automóvel Clube do Chile, onde podíamos obter o Libreta de Passo, que é um documento que nos deixaria entrar no Peru. Quando perguntamos o preço, ficamos abismados. É necessário ser sócio do Automóvel Clube, isso nos custaria 60.000 pesos, e mais o Libreto que custaria 100.000 pesos, ou seja 160.000 Pesos que equivalem a US$ , ou seja muiiiiittttoooo caro para nossos bolsos, pois com esse valor poderíamos ir de avião (a passagem pela Lan Chile custa US$ 130,00 até Lima. Ou seja o Peru vai ficar para uma outra oportunidade. O proprio atendente do Automóvel Clube falou que o Peru é muito antigo nesse ponto, pois ao invés de facilitar a vida do turista, complica. Falou também que não teríamos problemas na Bolívia. Almoçamos às 17:30hs no Mc Donald´s e trocamos mais alguns dólares por pesos chilenos para sobrevivermos mais 2 dias por aqui. Vamos descansar um pouco agora. Replanejaremos a viagem, passando mais tempo pela Bolívia e provavelmente cruzando a Transpantaneira, Cuiabá, Bonito e Brasília. Ainda vamos decidir… Após estarmos um pouco mais calmos e conformados com os novos rumos da viagem, decidimos subir até Putre, que é uma cidade a 3500 MSNM, próxima a lagoa Chungara e divisa com a Bolívia. Saímos as 18:45 de Arica, e fomos novamente encarar a cordilheira para uma subida até grandes atitudes. Chegamos em Putre as 20:30, e com chuva e muito frio para variar um pouco… Soubemos depois que nesta região chove muito nesta época. Fomos a um pub muito interessante, com uma decoração peculiar. Mas, como tudo por aqui, estava vazio. |
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