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10/Fevereiro/2001 - sábado
Bonito - MS - Rio da Prata - Buraco das Araras e Município de Jardim
Motorista: Claudio
Km inicial: 18050 km
Km final: 18232 km
Km percorrida: 182 km
Condição de tempo: sol e calor

Nosso passeio no Rio da Prata era às 9:00hs, e como sempre acordamos atrasados. Tivemos a companhia de uma mineira, a Cristina, que veio para cá para Bonito em um pacote de turismo, mas o interessante destes pacotes é que não se incluem os passeios. Os passeios devem ser contratados nas agências, mas estas geralmente não tem translados. Assim, a nossa agência, a Natura Tour, nos consultou e pediu se podíamos dar carona a 2 pessoas, dissemos que não haveria problema, mas na ultima hora uma delas desistiu.

Chegamos a sede da fazenda já eram 9:00hs em ponto, mal chegamos e fomos recepcionados pelo guia Sérgio, que nos levou a experimentar as roupas de neoprene, pois a temperatura da água é um fria para se ficar 3hs dentro dela.

O passeio começa a 3km da sede da fazenda, em um deck no rio da prata, onde testam-se as máscaras e como respirar com a ajuda do snorkel. A visibilidade da água já e boa, e fomos informados que ficaria ainda melhor no rio olho d’água. Caminha-se por uma trilha no meio da mata ciliar por mais 3km até o ponto de início da descida. No caminho vão se explicando detalhes da fauna e da flora, inclusive tivemos a oportunidade de se avistar cotias, que são uns pequenos roedores e muitos macacos pregos, fazendo uma imensa algazarrra.

Chega-se a nascente do rio olho d’água, e a transparência da água realmente impressiona. O visual é lindíssimo, com vários peixes tais como Piraputangas, Dourados, Mato-grossos, Zebrinhas, Piavas e Pacus. Tem também os olhos d’água no fundo do rio, que são os pontos onde a água brota da terra e a areia por cima fica borbulhando.

Começa a descida, e o cenário não muda, com muitos peixes e vegetação sub-aquática. A visibilidade é de mais de 20 metros e o sol forte cooperou para ver até o solo do rio da superfície. No caminho vimos mais um grupo de macacos pregos, debruçados sobre uma árvore frutífera e fazendo uma enorme bagunça. No rio os peixes ficavam em baixo da árvore, comendo as sobras de frutos que os macacos desprezavam.

Após mais de 4 horas de caminhada e descida do rio, voltamos a sede da fazenda, mortos de fome, onde um delicioso almoço nos foi servido. Tradicionalmente, havia as redes no fundo da casa, onde podíamos dormir um pouco.

Descansamos um pouco, e rumamos dali para o buraco das araras distante poucos quilômetros dali, que é uma dolina, ao contrário de colina. É uma antiga gruta, onde o teto despecou e criou esse enorme buraco no meio do planalto. Tem 128m de profundidade e uma diâmetro de mais de 100m. Ficou conhecido por esse nove devido a grande quantidade de araras que são encontradas no local, pois é um refúgio contra os seus pedradores. No fundo do buraco há um pequeno lago, onde segundo Sr. Modesto, proprietário do local, vivem um casal de jacarés, que ele acredita que tenham chegado lá através de alguma enxurada. O local é muito bonito, e com o barulho das araras, que ecoam nas paredes íngremes, fica ainda mais interessante. No passado era permitido o rapel no local, mas devido a falta de um plano de manejo, estas atividades foram suspensas.

Saímos dali, e resolvemos não pegar estrada de terra para voltar a Bonito. Decidimos voltar por Jardim, que é o município onde se localizam estas atrações (apesar de muitos acharem que estas ficam no município de Bonito). O município está tentando entrar na onda de eco-turismo, embalado pelo sucesso de Bonito, e para isso está fotografando todos os locais de interesse para a confecção de um folder, melhorando assim a divulgação de suas atrações. Tivemos a oportunidade de servirmos de modelo para esse folder no passeio do Rio da Prata.

Jardim não oferece muitas atrações, e após um volta por suas ruas e a constatação de que é um município que ainda depende muito do gado para sobreviver, decidimos voltar a Bonito.

Voltamos a pousada, onde descansamos um pouco. Ficamos conversando com a dona da pousada (Ana Lúcia) e alguns hóspedes, quando ficamos com um pouco de fome e decidimos comer algum lanche. Passamos pelo Pirata, que é um misto de Boate com Bar, e onde aconteceria um baile do Hawai. Só que mesmo as 23:00hs este estava às moscas. Paramos no Ritz, que é uma lanchonete ao lado do Taboa. Ai sim estava o movimento, com muita gente da cidade tomando cerveja e vendo o movimento da rua. Comemos nosso lanche e ficamos ali enrolando um pouco, mas a 1:00hs, começou a esvaziar e decidimos ir embora. Passamos novamente pelo Pirata, que continuava com meia dúzia de gatos pingados, decidimos não pagar mico lá e fomos dormir. A quantidade de paulistas por aqui é assustadora.

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