Triângulo na América |
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o m e |
16/Janeiro/2001
- terça-feira Acordamos 7hs mas só levantamos às 7:30 (precisamos melhorar esta média). Sobrevivemos aos tecos de espuma que colocaram como colchões e encaramos um café da manhã que além do café só tinha bolacha sal clic e manteiga a quilo. Nem pegamos cartão do lugar para futuras referências… Com o carro carregado, saímos para calibrar os pneus e tentar trocar de fita. Aí o mecanismo do rádio escangalhou e o Rafael não sossegou até consertar o passa fitas inteiro. Saímos 10hs de São Gabriel pela BR290 que continuou muito boa, com muitos retões e poucos carros. Não existe qualquer fiscalização por toda a rodovia. Chegamos a Uruguaiana às 12:30hs após uma reduzida no passo para melhorarmos a média de consumo e também para chegarmos sem ter que abastecer na estrada. Temperatura local de 33ºC e muito abafado com pouco vento. A cidade parece não ter atrativos e procurar um lugar para almoçar não é fácil. Lanchamos na praça do centro e saímos para procurar um dicionário Espanhol-Portugues – o único problema é que todo o comércio da cidade fecha ao meio dia e só abre às 2 da tarde! Saimos sem saber espanhol mesmo! Cruzamos a ponte da fronteira as 14hs e, ao entrar na Argentina passamos direto pois já falamos que queríamos declarar bagagem (para podermos reentrar no Brasil com Notebook, Cameras, GPS e celular). Após preencher a declaração de produtos, que nem foi conferida, preenchemos o formulário de migração para a Argentina (claro que demorou meia hora para sermos atendidos, mas que serviu para pegarmos algumas dicas com motoristas da Viação Pluma que também esperavam por lá…). Nos contaram que a legislação de trânsito é levada a sério pelos guardas (principalmente com carros do Brasil). Assim, se esperávamos perder 2hs na Aduana, tivemos sorte! Não é preciso pagar nada para fazer a imigração. A rota 14 é um tapete, bem sinalizada e com pouco movimento (principalmente de terça feira). Paramos as 18:30 (horário local – pois a Argentina tem o fuso de 1 hora a menos que no Brasil) em um "parador" na cidade de Gualeguayachu, tomamos um sorvete e trocamos de motorista. O movimento está aumentando cada vez mais. Após o Rafael fazer um trecho de mão simples e com velocidade reduzida, eu peguei o último trecho de 250km até Buenos Aires com mão dupla e limite de velocidade cada vez maior. Passamos pelas pontes sobre o Rio Paraná (que são lindíssimas) e a pista ficou dupla com um asfalto excelente. O limite já passou para 120 km/h mas os argentinos estavam bem mais rápidos. Fui acompanhando o tráfego sempre preocupado com a fiscalização. Nos últimos 100 km, saimos da ruta 14 e pegamos a ruta 9, onde há asfalto como eu nunca vi e o limite de velocidade é de apenas 130 km/h. SE os argentinos já estavam a 130 no trecho anterior, neste trecho a velocidade média era 150km/h. Quando pensávamos que aquilo era uma Autobahn, as pistas passaram a 4, 5 e, finalmente 7 faixas perto do centro de Buenos Aires, onde os mais rapidinhos iam a 170 km/h, alguns outros respeitavam os 130 km/h, tudo no meio das tradicionais "jabiracas" (como velhos Spazios, Ford´s etc). É muito interessante dirigir (e ver carros andando tão rápido no centro da cidade com muito movimento. O transito da cidade também tem esta característica: carros andando para todos os lados, cruzando as faixas e fechando a todos. Jogam farol por tudo e passam sem conhecer qualquer limite. Consegue ser mais caótico e nervoso que São Paulo. Há uma radio muito boa em Buenos Aires (Aspen Classic – 102,3 em Buenos Aires) que só toca clássicos do rock e, temos que admitir que é muito melhor que a nossa 89… Não contem com o albergue da juventude de Buenos Aires. O único mostrado no guia simplesmente não existe. É perto do centro mas não passa de uma porta fechada. Assim, nos perdeos por um bom tempo até achar algum hotel que não seja uma aberração (difícil, pois são em dólar) mas, com um GPS e muita observação, achamos o Espéria Hotel na Rua General Urquiza, 222 (0 11 4957 3937 / 4931 9029), que tem preço razoável (US$30) para 2 pessoas e é de boa qualidade. |
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