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19/Janeiro/2001 - sexta-feira
Mendoza (Argenina) - Puente del Inca (Argentina)
Motorista: Rafael - Mendoza - 10102 - 10310
Km inicial: 10076 km
Km final: 10310 km
Km percorrida: 224 km
Condição de tempo: bom - com sol e temperatura agradável - névoa de pó

Bom, não voltamos a La Paz (Argentina) pois não adiantava mesmo – a visibilidade é praticamente zero (dá somente para ver a poucos metros e somente o contorno da Cordilheira.

A cidade é toda servida pela água do degelo que desce da Cordilheira. Canais servem as árvores que estão por todas as ruas. O solo é desértico e seria impossível de morar em um lugar tão inóspito se não fosse o micro clima conseguido pelas árvores. O parque San Martin está ao lado da cidade e parece ser orgulho dos argentinos por aqui.

É tudo muito limpo e cuidado com os monumentos aos heróis locais. A história da cidade está contada por todos os lados. No parque nos informaram que para fazer uma trilha no Aconcágua, é necessário um permisso que deve ser pego no centro de Mendoza na Subsecretaria de Turismo. Custa US$20, é pessoal, tem restrição de idade e é necessária a apresentação de documentos. O centro da subsecretaria é muito bem estruturado com muitas fotos das trilha e argentinos mui prestativos (como todos com os quais tivemos contato até agora!).

Saindo da cidade, o clima fica muito mais árido mas a temperatura (pelo menos nesta época ainda é amena, dispensando o A/C do carro). A Cordilheira está a nossa volta e nos dirigimos a ela por estradas bem sinalizadas e de ótimo asfalto. Para irmos a Uspalata, pegamos novamente a ruta 7.

O pó reina por aqui – é só parar um pouco for a do asfalto para cobrir tudo de pó. O sol é bastante ardido. Ao lado da cidade existe um Complejo Industrial Repsol YPF para refino de combustíveis. Mais perto da Cordilheira, passa-se por grandes canais para o escoamento das águas de degelo (que nesta época estão secos). Mendoza está a 747,65 metros de altitude, tem 57,57 km2 e 130.000 habitantes (ao pé da Cordilheira) e, indo para as Cordilheiras, começa-se a cruzá-las a 1280 metros.

Passar pelo meio das Cordilheiras é realmente emocionante! Tiramos umas 10 fotos das montanhas e do Rio Mendoza que cruza a Cordilheira paralelo à ruta 7.

Chegamos à Uspallata (1850MSNM) às 14hs com um sol de torrar. Passamos por várias barreiras da Guarda Nacional sem maiores problemas. Perguntaram com relação a nossa bagagem da caçamba mas não foram muito a fundo.

É difícil comer em Uspallata simplesmente porque não tem opções. Ficamos no centro e preferimos comer "comida mesmo" ao invés dos lanches que vínhamos comendo. Encontramos um hotel simples que servia Pollo e carne. Comemos um milanesa e Pollo com pure de papas – mas 2 suquinhos de naranjas com gelo = US$20,50!!!

O tempo continua bom e as informações que temos com os mapas e com as pessoas tem sido mais que suficientes para acharmos tudo para fazer. Foi importante pararmos 2hs em Uspallata por questões de aclimatação. Se subir muito depressa pode ter certeza que virão as dores de cabeça, peso no estômago e sono. A melhor forma de aclimatar é fazer os movimentos devagar e com calma. Os guias da região recomendam dormir no alto antes e aventurar-se a fazer trekking ou qualquer esforço físico. Assim dormiremos hoje a noite já em Puente del Inca (2720m) para amanhã sairmos cedo para as caminhadas a Plaza Francia (4200m).

Encontramos os primeiros brasileños (além dos camioneiros que encontramos pela ruta 7 chegando a Cordilheira) de Curitiba (2 carros) – mais nenhum! Saimos à 16:27 de Uspallata para continuar a subir (e agora muito mais forte…).

Passa-se por mais postos de fiscalização mas servem mais para controle do que inspeção. Os picos ficam mais íngremes e o ar mais rarefeito. O vento é cada vez mais gelado e os lábios ressecam – mas mesmo assim a paisagem compensa tudo. O movimento na estrada é grande.

Chegamos a Puente del Inca às 18hs ainda com muito sol mas com vento frio. Parece um lugarejo simples e pequeno. Procurávamos o albergue, e fomos a uma Hospedagem, so que estes tiveram coragem de pedir US$ 62,00 por uma noite. Um absurdo, pedimos pelo albergue e o rapaz disse que não conehcia. Bom, demos meiam volta e decidimos procurar algo, então qual foi nossa surperesa em encontrar o Refúgio, que é o albergue da juventude do local. É um local bastante simples, com quartos muito pequenos, chegando a ter beliches de 3 andares.

O dono é uma pessoa bastante simpática e sempre sorridente. Deixamos nossas tralhas lá e fomos até as termas de Puente dos Incas, que é uma ponte natural de 8,5 milhões de anos onde foram construídas termas que usavam-se das águas amarelas termais (40ºC) muito sulfurosas para banho dos turistas. No passado era um hotel com piscinas termais, que foram destruídas pela avalanche de 1987 deixando apenas as termas, que estão sem conservação. O local é impressionante, com um ruído e odor (de enxofre) das águas muito forte.

O enxofre e outros minerais impregnam em todas as construções e pedras sedimentando uma camada espessa que só aumenta com o tempo. Veja as fotos! Voltamos para o albergue, pois estava escurecendo e o frio já estava intenso (venta muito nesta região). Após um delicioso banho, preparamos nosso jantar, que era sopa com chá. Quatro argentinos muito simpáticos estavam no albergue aclimatando-se por causa da altitude, tendo em vista que partiriam para o cume do Aconcágua no dia seguinte (aventura de 17 dias para aclimatar-se aos poucos – 44 km de caminhada). O Cláudio jogou truco com eles e demos boas risadas. Dormimos cedo, pois tínhamos que acordar cedo no dia seguinte para encarar o Parque Aconcágua. A noite fez muito frio, tanto que acordamos pela manhã com 9ºC (até o carro teve dificuldades de pegar)

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