Triângulo na América |
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22/Janeiro/2001
- segunda-feira Tínhamos programado visitar a Planta da GM aqui em Santiago, e para isso tínhamos que achar onde esta ficava. Olhamos em um mapa do albergue e notamos que não era muito difícil chegar lá. Fomos tentar achá-la, mas não nos forneceram nenhum mapa no albergue. Só tínhamos um mapa da cidade do guia Lonely Planet. Com o endereço, identificamos a rua e seguimos pelas avenidas que logicamente sairiam lá. Realmente achamos a Américo Vespúcio (rua da GM Chile) o que não sabíamos é que a numeração variava de acordo com o humor das pessoas (assim, tinha-se numeração a sur e a Norte). Paramos no Aeropuerto e ligamos para pegar informações. Por sorte um Chileno (q parecia taxista) ouviu e propos-se a levar-nos até lá. Perguntamos aonde era e, após ele explicar, lhe dissemos que estávamos de carro e poderíamos ir. Aproveitamos para trocar US$100 (a taxa de 550 pesos chilenos) e saimos para o lado indicado. Chegamos ainda pela manhã mas, como estávamos 2 dias atrasados com relação à sexta feira combinada, não havia ninguém à nossa espera. Após muito conversar e procurar quem pudesse nos acompanhar, combinamos para voltar a tarde para conhecer toda a planta. Conhecemos tudo em 3 hs após conversar por alguns minutos com o Diretor Geral da planta (que disse que já conhecia todas as plantas no Brasil). Comentou sobre a grande diversidade de marcas e modelos no Chile (onde os impostos de importação não impedem tanto a importação de carros como no Brasil) e da liderança da GM no Chile há 18 anos, possuindo mais de 20% do mercado. Descobrimos também que a outra planta próxima a Santiago estava desativada e agora só existe outra planta de produção de pick ups LUV em Arica. O carro mais vendido por aqui é o Corsa. De produção local, só se pode dizer da pick up LUV, que também é um sucesso de vendas há bastante tempo, uma vez que vemos todas as suas gerações andando pelas ruas de Santiago aos montes. Há muito mais camionetas por aqui do que no Brasil. A planta é bem modesta apesar das excelentes instalações do Tech Center. Foi inaugurada em Abril de 2000 e, por isto, tudo está muito novo. A linha de montagem dos caminhões de 3, 5 e 7 toneladas baseados em projeto Isuzu parece a linha de carros piloto da engenharia experimental no Brasil (e ainda sem muitos equipamentos que julgamos essenciais para a segurança e produtividade). Apesar de toda a falta de critérios e equipamentos que dispomos, acreditamos que a qualidade dos camiones produzidos por aqui é boa (as peças vem importadas – a maioria do Japão e outras de outros países de reconhecida qualidade; o projeto é robusto e os caminhões bons. As únicas peças não importadas são os pneus e rodas, além de alguns fixadores do chassis). Saimos às 16hs e fomos para Las Condes conhecer o outro lado da cidade (pela Av Circunvalación Américo Vespúcio, que contorna a cidade toda). Passamos pelo centro, fomos ao albergue e saímos a noite a pé para tirar umas fotos do centro. O sol, que nasce antes das 7 hs (não acordamos mais cedo que isto em nenhum dia, se põe às 21hs no verão – é absurdo como o dia é longo! Quando chega as 19hs, nós acostumados com o por do sol e a vinda da noite, temos que "conviver" ainda mais 2 horas com o sol… Após toda a volta na cidade, deixamos o carro no albergue e saímos para um passeio a pé, uma vez que poderíamos ter problemas (até apreensão do veículo) por dirigirmos um carro sem o selo verde de controle de emissões necessário no centro da cidade, e também para podermos passar pelas praças da cidade (normalmente ficam em peatonais – calçadões) onde chilenos muito bem vestidos caminham depressa depois de seus dias de trabalho. Encontramos no albergue três ciclistas (2 brasileiros de Nova Petrópolis RS e um francês) que simplesmente vieram de sua cidade (No Rio Grande do Sul) de bicicleta. Atravessaram toda a Argentina, subiram e desceram a Cordilheira dos Andes e chegaram a Santiago 30 dias depois e mais de 2000 quilômetros! Não conseguimos entender como conseguiram andar por mais de 40 quilômetros em grandes retões entre Buenos Aires e Mendoza sem nenhuma cidade ou ponto de apoio, sob sol fortíssimo e clima seco… Estavam com as suas bicicletas (nem tão equipadas) e bagagens, preparando-se para voltarem ao Brasil, agora de ônibus, depois da tarefa cumprida (cruzar a América do Sul de leste a oeste). Já o francês está dando uma "voltinha" pelo mundo – já tinha andado pela África, América do Norte, Europa e agora estava indo para a China depois de andar muito pela América do Sul. Enquanto o Rafael tentava deixar habitável a cabine da S10 (estava com coisas jogadas até o teto) bati um papo com um Neo Zelandês que estava em nosso quarto mas que só dormia. Perguntei como havia sido o seu dia e, de forma muito educada, ele respondeu que tinha dormido muito pois havia bebido um pouco demais com uns americanos que ele tinha encontrado e, por causa do fuso horário – de apenas 14 hrs (ele estava apenas a 3 dias em Santiago) ele estava de madrugada ainda. Após um See Ya, sai para umas voltas a pé, agora de bermuda e camisa regata para não passar o calor que passei em Buenos Aires. O calor e o sol ainda são intensos às 20hs e andamos pela Paseo Ahumada, Plaza de Armas, pelo Mercado Municipal de Santiago, Parque Florestal, bairro Bellavista (com seus bares cubanos, clubes de jazz e restaurantes caros na rua Pio Nono) e, como já pensávamos em voltar de metro, esticamos até a Rua Suécia onde o agito realmente acontece. Muitos chilenos (alguns ainda em seus ternos e roupas de trabalho) aproveitam o clima agradabilíssimo para fazer um happy hour ao som de músicas ao vivo nos calçadões cercados de fontes. Quando escurece, as luzes acendem-se e tudo transforma-se: as discoteques abrem-se e o som invade as ruas. Como já estávamos cansados de tanto andar e ainda dependíamos do metro para voltar (que só funciona até as 22:30hs e tem taxas diferenciadas para horas de rush, média e baixa utilização), preferimos ver as notícias do Brasil em um dos muitos bem equipados Internet Cafés da cidade (a preço de 800 pesos a hora ou 500 meia hora) e enviar nosso diário de bordo aos brasileños. O metro é muito rápido e cruza a cidade em menos de 20 minutos. Há 4 linhas bem sinalizadas e que atendem a todas as partes mais importantes ao turista. Chegamos as 23hs no albergue onde já ajeitamos as coisas para a viagem de amanhã ao Pacífico. |
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