Triângulo na América |
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23/Janeiro/2001
- terça-feira Acordamos às 7hs como programado após dormirmos muito bem e o sol já estava firme e forte (apesar de estar frio a sombra). Fomos à grande Paneteria da esquina da rua de nosso albergue com a O´Higgins e, para nosso espanto, a padaria estava fechada às 8 da manhã! Saimos da cidade pelo Aeroporto (pois já tínhamos visto as placas para Viña del Mar) e, após pagar mais um pedágio (peaje por aqui e que existe a cada vez que se cruza de uma província para outra) e passar por túneis de 3 km de extensão sem ventilação, chegamos a uma serra muito bem conservada mas com neblina que nos leva ao Pacífico. Ao passar pelas montanhas que envolvem a cidade, o clima transformou-se. A temperatura abaixou muito e a umidade apareceu a ponto de garoar. Ao pé da serra, dá para vistiar as várias vinículas da região (incluindo a famosa Concha y Toro). Fomos à Valparaíso (10:30), com suas ruas íngremes e cheias de curvas até chegar ao mar, ou melhor, ao porto com grandes encostas. Após uma foto, fomos a vizinha e famosa Viña del Mar, reconhecido balneário chileno para onde todos vão aproveitar as águas congelantes do Pacífico (se já estavam frias agora no verão). O clima estava cinzento e, por isto, todos andavam de carro, as praias estavam desertas. O balneário tem poucos atrativos além do famoso relógio de flores e do casario colonial posto em praças bem conservadas e carros passando para todos os lados pelas ruas estreitas. Edifícios antigos, com apartamentos grandes e sacadas como as da Barra da Tijuca parecem tornar o lugar caro tanto para hospedar-se como para ter uma casa de praia. As praias ficam a desejar, com suas areias endurecidas muitas pedras e mar agitado. A grande maioria dos carros é de chilenos, com alguns argentinos. Após algumas fotos em Viña del Mar, passamos por Reñaca e Cochõn onde o padrão dos prédio é ainda mais alto. As praias tem mais vegetação e grandes pedras. A estrada, com asfalto mal conservado passa por grandes morros e tem muitas curvas. De Cocón, preferimos voltar para a Panamericana para tirarmos os dias de atraso que estamos acumulando. No trecho em que estávamos, esta distância é de 44 km. Mais ao norte a Panamericana segue beirando o litoral, mostrando lindos costões e praias grandes. Devido ao relevo praticamente plano, a estrada, de asfalto perfeito, é um retão só de limite 100km/h. Não há muito tráfego nesta época do ano por toda a auto estrada. Chegamos em Coquimbo às 16:30 e, da Rodovia Panamericana, dá para ter uma excelente vista da cidade. Tem pouco mais de 100.000 habitantes e tem umas praias que, nesta época, estavam bem cheias, com águas calmas da pequna baía de Guayacan. Preferimos seguir viagem por mais alguns quilômetros até La Serena (com 130.000 hab) pois acreditamos ter mais valor turístico e mais opções para comermos. Daqui para frente não é esperado mais muita coisa. O Deserto do Atacama fica cada vez mais imponente e as cidades simplesmente não existem. La Serena parece bem cheia, com muitos jovens que andam por todos os lados. A Av del Mar tem toda uma agitação e a praia está lotada. Muito sol, barracas e quiosques. Aqui realmente parece ser uma das praias mais agitadas daqui (parece as praias do Brasil em alta temporada). Demos uma passada rápida pela avenida da praia, que estava bem cheia por sinal. Muita gente e trânsito, só que tudo muito difícil, pois até para estacionar na orla é cobrado 900 pesos por dia. Decidimos rumar para o centro da cidade e buscar algo para comer, pois tinhamos sobrevivido até agora com um doritos e um iogurte para cada um. No centro encontramos uma lanchonete bastante simpática, onde comemos um lanche delicioso e uma sobremesa mais deliciosa ainda. Como a cidade nos pareceu agradável, pensamos em passar a noite ali, e fomos procurar o albergue local. Chegando lá, o Cláudio foi verificar o preço, quase caimos de costas. Pediram 100.000 pesos (ou seja R$500) por uma noite por persoa em um quartinho que só tinha uma cama de casal, e que para ficarmos ela tinha que botar uma cama de solteiro. Dissemos "hasta la vista" e fomos procurar outra coisa. Tentamos apos muito andar, achar outra hospedaria para ficar, mas não encontramo-nas. Decidimos então que era melhor seguir viagem, pois ali seria tudo muiiiiiitttttoooo caro. Tivemos uma supresa no Posto de Combustível, pois de Santiago até aqui são 594 km (via Vina del Mar), com uma otima auto pista. Assim consguimos a excelente média de 14,54 km/l. A melhor até aqui. Acabou a moleza de pista dupla, agora para frente é so pista simples, mas o visual compensa. A estrada vai serpenteando a cordilheira, que voce pode enxergar de longe. As 8:30 da noite entramos na região do Atacama, o mais seco deserto do mundo. A estrada tem alguns detalhes interessantes, por exemplo as cidades, cruzamos por uma praticamente deserta, com poucas casas, e estas com uma cobertura muito simples, pois aqui não chove. Devido a isso a ruta 5 tem um aspecto que foi construida a poucos meses, pois as terras movimentadas durante a construção estão no mesmo lugar, e você percebe nitidamente aonde foi removido e aonde foi colocada terra, ou melhor uma mistura de areira e pedras, que é o que você vê por aqui. Pegamos o nosso primeiro trecho de estrada a noite. O entardecer e o anoitecer no meio do deserto é coisa de outro mundo! As paisagens são totalmente diferentes de tudo que tínhamos visto. O calor e o sol do dia são trocados por uma noite com vento frio que nos obriga a ficar dentro do carro. A estrada está muito bem conservada e possui alguns trechos em reparos (principalmente depois de Vallenar, onde ficamos parados, às 21:30hs por uns 20 minutos esperando a pista ser aberta – só um lado estava aberto. A noite está maravilhosa, com temperatura agradável e um céu com mais estrelas que no planetário. O asfalto e os retões convidam para esticar um pouco mais a 5 marcha e, com isto, chegamos rapido à Copiapó. O movimento a noite é basicamente de caminhões e não há animais (exceto um gatinho que vimos cruzar a estrada) ou buracos que possam ser perigosos. Chegamos em Copiapó às 23 hs e procuramos um lugar para ficar. Achamos hotéis de US$40,00 e até de US$30,00. Como já era tarde, acabamos ficando no Palace Hotel, na rua Atacama, 741. É bastante simples mas desta vez tem banheiro no quarto. |
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